Com o objetivo de melhorar a eficiência do atendimento na rede pública de Saúde em Volta Redonda, e resolver a questão dos vínculos trabalhistas dos profissionais de saúde no município, foi aprovado nesta semana o projeto de lei da prefeitura que cria a Fundação Estatal de Atenção Básica e Ambulatorial Especializada de Volta Redonda (Fesabe) e a Fundação Estatal de Serviços Hospitalares e de Urgência de Volta Redonda (Fehospita). O novo modelo jurídico vai permitir a descentralização de serviços executivos da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), e uma melhor prestação de serviços de saúde aos usuários do SUS (Sistema Único de Saúde), além de acabar com a contratação por meio de RPA (Recibo de Pagamento Autônomo).

A atuação da Fesabe e da Fehospita será orientada especificamente pela SMS. De acordo com a secretária municipal de Saúde, Maria da Conceição Rocha, com a criação das duas fundações, será possível desonerar funções executivas na secretaria, permitindo um maior investimento nas funções de coordenação, supervisão, fiscalização e controle da atuação pública, e também das parcerias e contratações com entidades privadas com ou sem fins lucrativos. Segundo ele, isso aumenta a capacidade de gerir as políticas públicas de saúde no município.

“A proposta para esse novo modelo jurídico foi trabalhada por mais de um ano e se alinha com os princípios e diretrizes do SUS. Essa mudança vai permitir uma atuação mais focalizada, ágil, eficiente, resultando em um melhor atendimento a quem mais precisa, que é o cidadão que procura o SUS”, explicou a secretária municipal de Saúde, Maria da Conceição de Souza Rocha, ressaltando que as duas fundações serão fiscalizadas pelo Poder Executivo Municipal e pelo Tribunal de Contas do Estado do Rio.

A Fesabe terá a finalidade de prestação de serviços de atenção básica e ambulatorial especializada, enquanto a Fehospita deverá prestar serviços de assistência integral médico-hospitalar, de urgência, ambulatorial de média e alta complexidade e de apoio diagnóstico e terapêutico à população.

Para a criação das fundações, serão investidos R$ 3 milhões, recursos que serão disponibilizados mediante as adequações necessárias no Plano Plurianual, na Lei de Diretrizes Orçamentárias e na Lei Orçamentária Anual. Os demais recursos necessários para o funcionamento da Fesabe e da Fehospita serão provenientes das ações e serviços de saúde a serem prestados ao Poder Público, mediante a celebração de contratos administrativos.

Fim dos RPAs

A implantação das fundações será feita de forma gradativa, assim que a lei for regulamentada. Dentre as primeiras providências estão a nomeação das equipes de controle e fiscalização, formando um colegiado de tomada de decisões; a instituição e registro das fundações. A secretária de Saúde ressalta que, com a criação das duas fundações, os profissionais serão contratados em regime celetista, por meio de concurso.

“O principal objetivo é solucionar a questão dos vínculos na rede de atenção à saúde, que hoje é tudo por RPA. Com as fundações, a contratação será em regime celetista, que garante melhores salários, direitos trabalhistas, vínculo, estabilidade”, destacou Conceição.

O prefeito Antonio Francisco Neto falou sobre a importância dessa mudança na estrutura da rede de saúde de Volta Redonda.

“É um marco para a Saúde de Volta Redonda, que é referência na região. Vai melhorar para os funcionários, já que muitos passarão a contar com todos os direitos trabalhistas, e para o cidadão que precisa do atendimento do SUS. Vamos continuar trabalhando para garantir cada vez mais uma saúde de qualidade para nossa população”, afirmou Neto.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.