A Justiça de Barra Mansa marcou para a próxima quarta-feira (dia 7) o Tribunal do Júri sobre o caso de Maria Aparecida Roseli de Miranda, assassinada aos 22 anos e que teve o corpo encontrado no dia em 19 de fevereiro de 2008 no pátio de sucatas no interior da Siderúrgica Barra Mansa (SBM), atual ArcelorMittal, no bairro Saudade. Ela era auxiliar de serviços gerais de uma empresa prestadora de serviços.
O faxineiro Mauro Cerqueira, hoje com 64 anos de idade, é o acusado do assassinato. Ele aguarda o julgamento em liberdade. Na época do crime, o inquérito concluiu que a jovem foi assassinada dois dias antes, na manhã de domingo (17/02/2008), antes de registrar seu ponto de entrada. O crime aconteceu no dia de menor movimento dentro da fábrica, apesar das câmeras de segurança, que não registraram os últimos passos da vítima.
Maria Aparecida deixou um filho de 2 anos e meio, na ocasião do assassinato e, segundo a advogada Monique Borges Cordeiro, até hoje não se sabe a motivação do crime. “Provavelmente, ela foi morta no vestiário. O que sabemos é que ela morreu no domingo, o assassino amarrou o corpo e colocou na caçamba atrás do refeitório, na segunda à noite, já que todos os dias pela manhã e à tarde, o lixo era recolhido. Na terça de manhã, quando foram retirar o lixo, o saco plástico com o corpo da Maria rasgou e caiu no chão. Foi um crime bárbaro, ela estava amarrada em posição fetal. Até hoje a motivação do crime é um mistério”, explicou Monique.
A representante da família conta que apenas em 2014, com a conclusão da investigação, Mauro Cerqueira foi indiciado. “Foram seis anos de investigação até se chegar ao suspeito e só agora vamos ao Tribunal do Júri. Fazemos um apelo para que o crime não seja esquecido e que as pessoas compareçam no Fórum de Barra Mansa, no dia 7, para nos ajudar a cobrar justiça por Maria Aparecida”, convocou Monique Borges.
A advogada do suspeito, Dulcinéa Peixoto Nelson, em entrevista ao portal Foco Regional, disse estar convicta da inocência de seu cliente. “Falando por mim e também pelo Mauro, lamentamos muito a perda da família com um crime brutal, mas a família dele também está destruída com esta situação”, afirma. “Acredito na inocência dele, ainda mais pelo que consta nos autos. Mauro é um homem humilde, honesto e trabalhador, sem anotações criminais, que até agora não entende o que pode ter levado o processo a esta fase final”, pontuou a criminalista.
foto: arquivo pessoal