Esta semana, os moradores da região tiveram o prenúncio do que está por vir no período das chuvas. As cidades registraram diversos pontos de alagamentos, destelhamento de casas e queda de árvores.
A Defesa Civil de Barra Mansa divulgou que 18 famílias ficaram desalojadas na terça-feira (dia 24). Na mesma noite, a vizinha Volta Redonda registrou rajada de vento de 23 km/h, causando pelo menos três ocorrências. Historicamente, esse fenômeno ocorre com maior incidência entre os meses de dezembro e março, quando as temperaturas estão mais elevadas.
A chuva e os fortes ventos interromperam o fornecimento em série de energia elétrica, afetando diretamente a rotina da população. Em Barra Mansa, por exemplo, até na manhã de quinta-feira (dia 26) ainda havia residências às escuras. A Light, concessionária responsável pelo abastecimento, reconheceu os problemas e, em nota, informou que está trabalhando há 48 horas para restabelecer o serviço.
No comunicado, a empresa ressaltou a complexidade das intervenções, destacando que equipes estão nas ruas realizando reparos necessários e refazendo as redes afetadas por quedas de galhos de árvores. A Light explicou que o trabalho envolve ações delicadas, como a troca de postes e a reconstrução de circuitos elétricos, o que demanda tempo para a normalização do fornecimento de energia.
A concessionária afirmou ainda que em diversas situações depende da atuação em parceria com outros órgãos públicos e os técnicos podem enfrentar dificuldades de deslocamento “devido a bolsões d’água e vias interditadas”.
Demora em resolver
Apesar da explicação da Light, moradores e empresários dos dois municípios do Sul do Estado têm expressado frustração com a demora na resolução dos problemas. Muitos relatam prejuízos financeiros e destacam a falta de um plano eficaz por parte da concessionária para evitar novas interrupções no fornecimento de energia elétrica.
O secretário de Governo de Barra Mansa, Luiz Furlani, comentou sobre os prejuízos causados pelas chuvas no município. “Foi um vendaval fortíssimo, junto com a chuva. Eu nunca vi um vento como o que atingiu a cidade na terça-feira. Foram mais de 80km, a força do vento”, afirmou.
Furlani também falou sobre as perdas materiais, imóveis destelhados e os transtornos com a falta de energia elétrica, que impactou na vida de aproximadamente 40 mil barramansenses. “Até a noite de quarta-feira, cerca de 10 mil pessoas ainda estavam sem energia elétrica”, pontuou.
O secretário e pré-candidato a prefeito em 2024 afirmou que o poder público está monitorando de perto a situação e cobrando ações mais rápidas da concessionária. “Ficamos o dia todo em cima da Light, pedindo respostas rápidas, reforço nas equipes, porque realmente é uma precariedade o serviço prestado pela Light. E quem faz a fiscalização desse serviço é a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), nós podemos tomar medidas administrativas, mas o poder de fiscalização é da Aneel”, lembrou.
Luiz Furlani ressaltou que a concessionária informou ao governo municipal que está trabalhando 24h para resolver todos os problemas. “Alguns bairros foram resolvidos durante a madrugada. Ano Bom, por exemplo, voltou 3h30 da manhã. Quem mora nas áreas um pouco mais afastadas, no campo, ainda não tenho informações se já resolveu”, disse ele, em entrevista a um programa de rádio.
Enquanto a Light trabalha para restabelecer o serviço, a comunidade aguarda com expectativa melhorias no fornecimento de energia elétrica, esperando que as ações da concessionária e de outros órgãos envolvidos sejam suficientes para garantir a estabilidade do sistema. Afinal, a temporada de temporais apenas está prestes a começar.
Foto: divulgação PMBM