Policiais civis da 88ª DP e militares do 10º BPM prenderam, no início da tarde de quarta-feira (dia 20), no distrito de Ibiapas, em Barra do Piraí, um ajudante de pedreiro, de 23 anos, suspeito de ameaçar de morte a sua ex-namorada, uma estudante de 21 anos. O casal se relacionou por aproximadamente um ano, mas há 15 dias a vítima decidiu terminar.

O delegado titular da 88ª DP, Antonio Furtado, contou que na madrugada de quarta-feira, durante uma conversa na porta da casa da estudante, o jovem afirmou não aceitar o término e mencionou ter um amigo disposto a emprestar-lhe um revólver calibre 38 caso ela iniciasse um novo relacionamento. Em seu depoimento, a vítima relatou que o ex-namorado chegou a afirmar que qualquer contato dela com outra pessoa seria interpretado como traição, e que mulheres que agem dessa maneira merecem ser agredidas ou morrer. A estudante também revelou ter sido vítima de violência física enquanto namorava, completando que o ajudante de pedreiro chegou a jogar uma bicicleta em cima dela.

Durante a conversa mencionada, o agressor pegou o celular da vítima à força, esganando-a e posteriormente quebrando o aparelho ao jogá-lo contra um poste. Além disso, ele chutou o pé da jovem e proferiu uma série de xingamentos. A vítima, na manhã seguinte, denunciou o fato na 88ª DP.

Os agentes se deslocaram até Ipiabas em busca do agressor, onde ele foi encontrado e preso em flagrante. Ele será responsabilizado pelos crimes de violência psicológica, injúria, dano e lesão corporal. As penas associadas a esses crimes somam mais de seis anos de prisão. A audiência de custódia está programada para ocorrer hoje, dia 21, em Volta Redonda.

Furtado ressaltou a gravidade do ocorrido, destacando a importância de se combater a violência cometida contra as mulheres. O delegado completou que as autoridades devem sempre incentivar as vítimas a denunciarem os casos, reforçando a mensagem de que nenhuma forma de agressão é aceitável na sociedade.

“Acredito que um término de um relacionamento não é o fim da vida de ninguém, até porque as pessoas não são uma propriedade da outra, muito menos objetos. Casos como esse devem ser tratados com seriedade e a consequência para manifestações violentas é a prisão. Estamos aqui para ser um apoio, uma luz no fim do túnel para tantas mulheres que acham desamparadas e aflitas. Vocês não estão sozinhas”, concluiu.

Foto: Divulgação

1 COMENTÁRIO

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.