Mesmo após a decisão judicial favorável a reabertura do comércio em Volta Redonda, a medida segue gerando debate. O prefeito Samuca Silva (PSC), avaliou negativamente, durante transmissão ao vivo na tarde desta terça-feira (dia 12), o retorno das atividades do comércio varejista no município. Nas palavras de Samuca, “não correu tudo bem”.
Nesta segunda-feira (dia 11), já nas primeiras horas de funcionamento do comércio, era possível perceber focos de aglomerações nos principais centros comerciais da cidade. O prefeito apelou para que os comerciantes e a população, tenham a mesma vontade de cumprir com as determinações da decisão judicial de flexibilização comercial, quanto tiveram para retomar as atividades. “Agora que comércio abriu, peço que as medidas de proteção sejam divulgadas e cumpridas. Ontem na Amaral Peixoto, parecia um dia “normal”, pessoas fazendo filas nas lojas”, enfatizou.
Ao comentar a petição da Defensoria Pública da União, que pede o fechamento do comércio no município, o prefeito reiterou, a eficácia dos eixos do estudo técnico que permitiu a flexibilização. “Nosso método é baseado em garantir atendimento e leitos para a população. No momento, conseguimos fornecer isso, mas se a justiça entender que o fechamento do comércio é necessário, teremos que respeitar”, relatou.
Em caráter preventivo, Samuca assinou um novo decreto municipal, que garante acesso aos leitos privados para pacientes do SUS com a Covid-19. Entretanto, insistiu que a medida será aplicada apenas em caso de necessidade. O mandatário do Palácio 17 de Julho, ainda contou que a partir da próxima semana, a Cidade do Aço terá mais oito leitos de CTI exclusivos para atendimento de pacientes com coronavírus.
Números da Covid-19
Até o momento, Volta Redonda tem 599 casos confirmados e 1583 suspeitos, representando um aumento de 2,5% nesta estatística, número abaixo dos 5% fixados no acordo de flexibilização comercial.
Com relação a ocupação de leitos, o município também segue dentro dos parâmetros estipulados pelo MP. Os leitos de CTI contam com 11% de ocupação, índice abaixo dos 50% determinados na decisão judicial.
O Hospital de Campanha tem 5% de ocupação, valor inferior aos 60% assinalados no acordo. A cidade segue com 20 óbitos, e os pacientes curados chegam a 486.