A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) aparece na liderança da lista de empresas que trouxeram maior retorno para seus acionistas nos últimos 12 meses. É o que aponta uma análise feita pela corretora Necton divulgada terça-feira (dia 7). Além de analisar o indicador de dividend yield, que é o retorno em dividendos em relação ao preço da ação, os analistas da corretora incluíram o retorno da ação no período de 12 meses. Na segunda colocação do ranking está a construtora Direcional.

Otimista

O presidente executivo e do conselho de administração da CSN, Benjamin Steinbruch está otimista para o segundo trimestre deste ano. O empresário disse na quarta-feira (dia 8) em teleconferência com analistas acreditar que este período será o melhor da história para a empresa. Segundo ele, o que poderá resultar nesse desempenho, além da retomada da economia brasileira, será a redução de custos e reajustes de preços da tonelada do aço no país.

Mineração

Outro fator que deve contribuir para a melhora dos resultados da companhia, segundo o executivo, é área de mineração que deve aumentar as vendas e o preço no mercado internacional. Steinbruch acredita que há espaço para recuperação de preços de 10% neste segundo semestre e afirmou que a CSN implementará esse reajuste. Ele afirmou, ainda, que o próximo trimestre deverá apresentar melhores preços de minério de ferro nos contratos da companhia. Isso porque nos três primeiros meses do ano, a CSN negociou a tonelada da commodity a US$ 82 e até o final de junho, esse valor deverá chegar mais próximo do negociado atualmente no mercado internacional, se aproximando de US$ 95 a tonelada.

Demanda

No primeiro trimestre, o executivo disse que a queda no lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês), principalmente da siderurgia, ocorreu pela demanda fraca no Brasil e a alta nos custos de produção. Segundo o presidente da CSN, um fator que contribuiu para a alta nas despesas foi a baixa produtividade do alto-forno 3 que está em final de vida e tem parada programada para julho e agosto.

Corte

A Nissan Espanha anunciou o corte de 600 postos de trabalho, quase 20% da força de trabalho, na unidade de produção de Barcelona. O comunicado foi enviado na quinta-feira (dia 9). A decisão já foi tomada há algum tempo, tendo estado a decorrer negociações com os sindicatos e o acordo estabelecido levará o corte a ser feito através de pré-reformas e mutuo acordo. O processo começará no dia 13 de junho e prolongar-se-á até ao final de março de 2020, término do ano fiscal da Nissan.

Manutenção

A empresa reflete que esta decisão era indispensável para “manter a produção na unidade de Barcelona” sendo que o diretor da fábrica, Genis Alonso, sustentou que “o acordo permite-nos tirar vantagem de uma futura oportunidade oferecida pela Nissan para manter a construção de automóveis em Barcelona”. Apesar desta redução do efetivo da unidade espanhola, a Nissan vai investir 70 milhões de euros numa totalmente nova unidade de pintura topo de gama. A Nissan possui cinco centros de produção em Espanha localizadas em Barcelona, Avila e Cantábria, que empregam um total de 5 mil pessoas.

Investimentos

A Firjan divulgou durante a semana um estudo apontando que R$ 12,4 bilhões serão injetados na região Sul Fluminense. O maior destaque está voltado ao setor de Petróleo e Gás Natural, que, sozinho, receberá R$ 10,7 bilhões, o equivalente a 86% do volume total de investimentos. Parte da iniciativa envolve a construção de duas unidades estacionárias de produção para os campos de Sépia e Libra, em Angra dos Reis.

Indústria

Há ainda os investimentos em Resende para aumento de capacidade na indústria automotiva e desenvolvimento de novos produtos direcionados a países emergentes nas empresas Nissan e MAN Latin America, em Resende.

Paralisados

Outro destaque fica por conta dos projetos que hoje se encontram paralisados também na região. Devem ser injetados R$ 14,6 bilhões em projetos de obras de infraestrutura, como a construção da usina nuclear de Angra 3.

Economia

Na visão do presidente da Firjan Sul Fluminense, Antônio Carlos Vilela, os números divulgados pelo estudo representam a retomada da economia e da própria confiança dos empresários. “Quando esse tipo de investimento é sinalizado, acontece um estímulo de mercado. Respinga no dono do hotel em Angra, no proprietário do comércio em Resende e por aí vai. É a economia que gira pelo otimismo”, listou. Vilela, no entanto, alerta: “Precisamos contar com o apoio das esferas municipal, estadual e federal para que a máquina burocrática não trave os investimentos”.

Estudo

Ao todo, segundo o estudo feito pela Firjan, R$ 162,3 bilhões serão injetados no Estado do Rio de Janeiro nos próximos anos. O montante será distribuído em 111 projetos que estão em andamento ou prestes a serem iniciados em todos os setores.

Discurso

Luiz Lima, que é deputado federal pelo PSL, se pronunciou na quinta-feira (dia 9) sobre possíveis mudanças nas secretarias do governo do… estado. A nota enviada pela assessoria do parlamentar destaca que, segundo informações divulgadas pela imprensa e rumores nos bastidores políticos, o governador Wilson Witzel (PSC) estaria articulando a ‘dança nas cadeiras’ em troca de apoio político para fomentar o caminho para disputar a presidência da República em 2022.

Questão

A pergunta que fica é: será que o ex-atleta olímpico e atual deputado federal Luiz Lima terá a mesma postura quando assunto em pauta for seu companheiro de partido e atual presidente da República, Jair Bolsonaro?

Atraso

Os cerca de cem garçons e copeiras que atuam no Tribunal de Justiça tiveram seus salários atrasados pela segunda vez pela empresa Ambiental Service. Na tarde de quinta-feira (dia 9), o presidente do TJRJ, desembargador Claudio de Mello Tavares, se reuniu com a categoria para dizer que estava acompanhando de perto a situação. No início da noite, ele foi informado de que o dinheiro havia sido depositado na conta dos terceirizados.

Segunda

“Esta é a segunda vez que a empresa atrasa o pagamento. Não haverá uma terceira. Vocês são trabalhadores, são chefes de família e não podem ficar sem receber o salário. Isso não pode acontecer em nenhum lugar, muito menos aqui em nossa Casa, no Poder Judiciário”, disse o desembargador lembrando que, também por atraso de pagamento de terceirizados, a empresa Laquix perdeu, em março deste ano, os nove contratos que assinara com o TJRJ, que contratou a segunda colocada na licitação garantindo o emprego dos funcionários.

Foto: Helcio Nagamine/Fiesp

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