A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) divulgou na sexta-feira (dia 12) que, por meio de sua controladora CSN Mineração, concluiu as negociações para adiamento do seu contrato de fornecimento de longo prazo de minério de ferro para a trading suíça Glencore (GLEN) International AG. A transação envolve pré-pagamento para a CSN Mineração, de uma nova parcela no valor de até US$ 250 milhões, relacionada ao fornecimento adicional de minério de ferro de aproximadamente 10 milhões de toneladas em cinco anos.
A CSN informou que o desembolso do valor ocorrerá quando forem cumpridas certas condições precedentes, que são habituais para este tipo de transação. “Essa nova parcela já reflete o melhor perfil de crédito da CSN ao embutir menores custos financeiros e consiste em um passo adicional da companhia em direção a uma estrutura de capital saudável e sustentável, como parte de seu plano de desalavancagem previamente divulgado ao mercado”, enfatizou a companhia em comunicado aos acionistas.
Em fevereiro deste ano, a empresa concluiu negociações também com a Glencore, com o pré-pagamento de US$ 500 milhões pelo fornecimento de 22 milhões de toneladas por cinco anos. Em junho, o presidente da empresa, Benjamin Steinbruch, disse que a empresa estava próxima de um novo acordo com a Glencore.
Companhia investirá R$ 450 milhões em eficiência ambiental
No final do mês de junho, a CSN iniciou as obras do Alto-Forno 3, que trará mais eficiência ambiental e operacional para a empresa. Além dos R$ 250 milhões que estão sendo empregados na reforma do equipamento, serão investidos também cerca de 200 milhões em melhorias em outras áreas, como Aciaria, Carboquímicos, Sinterização e Utilidades e Central Termo Elétrica 2, que estão com suas atividades reduzidas durante a reforma do Alto-Forno.
Os investimentos são especialmente relevantes em um momento que o Brasil enfrenta uma grande crise econômica e demonstram o compromisso da empresa em melhorar continuamente seus processos. Segundo comunicado da empresa, “eles trarão diversos ganhos ambientais e vão contribuir para que a empresa mantenha o cumprimento dos limites legais de emissão de poluentes, reduza o consumo de energia e de água, e também garanta a segurança dos seus processos”.
As melhorias que estão sendo feitas são novos investimentos, não atrelados ao Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), assinado pela empresa no ano passado, no valor adicional de R$ 303 milhões a serem gastos nos próximos seis anos e que têm como principal foco a reforma das Sinterizações.
Conheça alguns dos investimentos:
Reparo nos gasômetros da Aciaria e Alto-Forno
Valor: R$ 8 milhões
Investimentos na Estação de Efluentes dos Altos Fornos oriundos do sistema de lavagem dos gases dos processos (casa de bombas de recirculação – CBR e estação de tratamento de efluentes – ETE).
Valor: R$ 4 milhões
Reparo em Tubulações de Gás de Coqueria e Alto-Forno
Valor: R$ 4 milhões
Melhorias no Pátio de Matérias Primas (Recuperação estrutural e manutenção de equipamentos)
Valor: R$ 45 milhões
Reparo na CTE (Central Termo Elétrica) e nos Carboquímicos
Valor: R$ 4 milhões
Investimento no Sistema de Limpeza de Gás da Aciaria de Aços Planos
Valor: R$ 12 milhões
Reparo do Lingotamento Continuo Reparos nas Máquinas 2 e 4
Valor: R$ 50 milhões
Troca da Carcaça do Conversor C da Aciaria
Valor: R$ 25 milhões
Substituição do Tubulão da Sinter 2 e Reforma do Sistema de Exaustão da Sínter 4
Valor: R$ 36 milhões