Um evento na sexta-feira (dia 19) marcou o início das obras da construção do túnel de interligação dos reservatórios da concessionária Light de Vigário (no alto da Serra da Araras) e Ponte Coberta, ambos no município de Piraí, na região Sul Fluminense. O evento foi realizado às 11h, na Usina de Fontes.

Em seu discurso na cerimônia, o presidente da Light, Raimundo Nonato, falou sobre a construção, que terá recursos próprios da concessionária de cerca de R$ 400 milhões. A previsão é que aproximadamente 1.000 empregos, entre diretos e indiretos, sejam criados.

O túnel permitirá realizar paradas mais prolongadas para a manutenção do sistema de geração de energia sem comprometer o sistema de abastecimento de água da Cedae, contribuindo com a segurança hídrica do Sistema Guandu. A iniciativa foi antecipada em fevereiro deste ano pela Folha do Aço.

Além da geração de empregos e a perspectiva de mobilizar a economia local, a obra refletirá positivamente nos cofres da Prefeitura de Piraí. A arrecadação do Município com o recolhimento do Imposto Sobre o Serviço (ISS) receberá um substancial incremento a partir de 2022.

 Programa

A iniciativa faz parte do Programa de Segurança Hídrica (Prosegh) para aumentar a oferta de água, garantir a conservação dos mananciais e reduzir riscos de secas, inundações e acidentes ambientais. A intervenção é realizada pela Light para ampliar a segurança na geração de energia elétrica distribuída a 31 municípios da Região Metropolitana.

Licenciada pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea), a obra do túnel da Light terá comprimento de 3,8km, diâmetro máximo de 5,8m e um desnível de 310m entre os reservatórios. A princípio, o tempo de duração da empreitada é de um ano e três meses.

Hoje, as águas do Rio Paraíba do Sul passam pelas usinas da Light e são utilizadas para produzir eletricidade. O novo sistema terá capacidade equivalente ao atual e fornecerá uma vazão de 120 m³/s, suficiente para encher 120 caixas d’água de 1 mil litros a cada segundo.

O sistema funcionará em paralelo ao atual circuito hídrico e será, também, uma alternativa de abastecimento para a Estação de Tratamento de Água (ETA) do Guandu, onde a Cedae capta e trata a maior parte da água consumida na Região Metropolitana do Rio.

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