Policiais civis da Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD) prenderam, nesta terça-feira (dia 3), um dos líderes da maior organização criminosa especializada na perfuração de dutos da Transpetro, empresa subsidiária da Petrobrás, para subtração de petróleo e combustível. A prisão ocorreu no Estado de Minas Gerais e é decorrente da continuidade das investigações da Operação Ratoeira, deflagrada em conjunto com o Ministério Público no mês de fevereiro.

Segundo os agentes, a estrutura do bando é formada por três núcleos. Um é o responsável por efetuar a perfuração nos dutos com uso de equipamentos próprios; o outro pela extração e transporte do petróleo e combustível subtraídos em caminhões; e o terceiro é composto por empresários receptadores do produto.

As investigações apontaram, ainda, que a comunicação entre os integrantes da quadrilha é feita por meio de aplicativo de mensagens, no qual planejam estratégias de atuação, principalmente em áreas remotas e em horários noturnos. O grupo criado para as conversas da organização criminosa é denominado “BR Ratobras” e possui uma espécie de logomarca com a imagem de um rato portando um fuzil.

A DDSD vem atuando constantemente para coibir esse tipo de prática delituosa no Rio de Janeiro, onde as derivações clandestinas estão cada vez mais escassas em virtude dos intensos trabalhos investigativos da Polícia Civil. Nos últimos dois anos, essa modalidade criminosa reduziu 98%.

O furto de petróleo e derivados a partir da perfuração de dutos da Transpetro/Petrobras é classificado como um crime de alta periculosidade social. Além de causar prejuízos econômicos à empresa e, por via indireta, ao consumidor, cria um risco concreto de vazamentos, incêndios, explosões e danos ambientais, colocando em perigo as comunidades vizinhas às faixas de dutos e o meio ambiente.

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