Protestos orquestrados em Volta Redonda e Porto Real por grupos de metalúrgicos considerados independentes, mas que contam com suporte de bandeiras sindicais, não foram suficientes para produzir efeitos semelhantes em outras unidades da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN). A constatação vem da aprovação sem maiores delongas das propostas para a renovação do acordo coletivo de trabalho em outras duas fábricas da empresa.

Na quinta-feira (dia 2), funcionários da CSN em Minas Gerais aprovaram, em votações realizadas nesta quinta-feira (2), a proposta para a renovação do acordo coletivo de trabalho – a mesma que foi rejeitada pelos empregados de Volta Redonda e Porto Real na semana passada.

Em Congonhas, 92% dos técnicos de mineração representados pelo Sindicato dos Técnicos Industriais de Minas Gerais (Sintec) assinalaram favoráveis à oferta. O pessoal que trabalha na mineração, também em Congonhas, iniciou a votação na quinta, mas o processo só será concluído nesta sexta-feira (dia 3), quando o resultado será divulgado. Por questões de logística, a votação deles ocorre em dois dias seguidos.

Os termos propostos em Arcos também foram aceitos por 85% dos empregados da CSN, representados pelo Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Extração de Arcos.

 Acordos

Pelos dois acordos definidos, a empresa do empresário Benjamin Steinbruch vai reajustar os salários em 12% para quem ganha até R$ 5 mil. O percentual, no entanto, inclui técnicos e supervisores, independente da faixa salarial. Os salários acima de R$ 5 mil terão reajuste de 10%.

Nas plantas de Minas Gerais, como foi proposto em Volta Redonda e Porto Real (Galvasud), a companhia ofereceu auxílio-creche de R$ 652 (reajustado pelo INPC); cartão-alimentação de R$ 500 (reajuste de 25%) e uma carga extra de R$ 900 no mesmo cartão, que será repassado em duas parcelas: cinco dias após a assinatura do acordo e a outra em dezembro; cartão-alimentação (banco de horas), extensivo a supervisores e coordenadores de R$ 900 a serem pagos também em até cinco dias úteis após a formalização do acordo. A empresa também garantiu de abono 1,9 salário (76% do target).

Enquanto as demais unidades vão fechando os acordos, na Cidade do Aço a direção da CSN ainda analisa o novo cenário para voltar a negociar com o Sindicato dos Metalúrgicos. Até o fechamento desta edição, não havia prazo estabelecido para uma nova conversa.

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