A quinta-feira (dia 8) foi de apreensão para os moradores do Açude I, em Volta Redonda. Na noite do dia anterior, quatro homens foram mortos a tiros na Rua J. A chacina foi motivada por uma disputa envolvendo facções criminosas rivais, segundo as primeiras investigações das polícias Militar e Civil.
Câmeras de segurança registraram o momento da ação de pelo menos dois criminosos, um deles com roupas camufladas. Três vítimas foram assassinadas no interior de um bar. A quarta foi atingida quando estava próxima da calçada.
Os mortos foram identificados como Bruno da Silva de Oliveira, o “Charuto”, de 19 anos; Davi Batista Gomes, o “Paulista”, de 20; Underlon Ribeiro da Cunha, o “Delon”, 29; e Joel França Basílio, de 25 anos. Segundo a PM, Bruno não tinha antecedentes criminais. Joel e Uaderlon tinham registros por lesões corporais. Os agentes não conseguiram apurar informações de antecedentes em relação a Davi
O Açude I é uma área dominada pelo Comando Vermelho, um dos principais grupos criminosos com atuação na capital e no interior do estado do Rio de Janeiro. Uma das linhas de investigação é que a ordem da chacina pode ter partido de dentro de um presídio carioca.
Para conter a sensação de insegurança, cerca de 60 policiais do 28º Batalhão de Polícia Militar, com apoio de agentes do 10º BPM (Barra do Piraí) e do 37º BPM (Angra do Reis), ocuparam as ruas do bairro Açude I durante a quinta-feira. Um veículo blindado foi utilizado na operação. A Polícia Civil de Volta Redonda também fez diligências na área.
“Em represália às ações de criminosos na região, com o apoio do Comando do 5º CPA, o comando do 28º BPM, deflagrou logo nas primeiras horas da manhã desta quinta-feira (dia 8), uma grande operação com fulcro em prender e inibir a ação de marginais, além de restabelecer a tranquilidade da população de bem, garantindo a incolumidade pública”, disse em nota o coronel Marcelo Malheiros, responsável pelo 5ª Comando de Policiamento de Área (CPA). Até o fechamento desta edição, nenhum suspeito tinha sido preso.
Foto: Evandro Freitas