A investigação que resultou na operação realizada nesta segunda (dia 19), pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio do Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ), em conjunto com a Polícia Civil, com a 93ª Delegacia de Polícia, apontou que a organização criminosa teria movimentado cerca de 350 quilos de cocaína, o equivalente a R$ 20 milhões, entre 2020 e 2021.

Estão sendo cumpridos 59 mandados de prisão e 61 de busca e apreensão contra investigados por associação criminosa voltada para o tráfico de drogas em diversos bairros de Volta Redonda. Os grupos criminosos investigados também atuam nas cidades Barra Mansa e Angra dos Reis.

Segundo a Polícia Civil, os bandidos determinavam que moradores ocupassem terrenos próximos aos pontos de venda de droga, de forma a criar um adensamento de construções e, assim, dificultar ações policiais. As investigações constataram ainda que o grupo estava investindo na compra de fuzis e granadas para tentar dominar novas áreas na região.

O MPRJ ressalta que a organização criminosa investigada atua de forma violenta e com o uso de armas de fogo. Em junho deste ano o grupo realizou, inclusive, uma invasão armada de território dominado por facção rival. “Verifica-se, portanto, que o bando adota postura expansionista e extremamente intimidadora tanto em face dos moradores dos locais dominados, como em relação a traficantes rivais, sendo premente que haja a atuação estatal no sentido de prevenção à formação de ‘poder paralelo’ nesta cidade, como já ocorre com tantas outras em nosso Estado”, aponta o MP fluminense.

A investigação verificou que eles utilizavam o WhatsApp de maneira corriqueira para organizar sua estrutura de tráfico, se dividindo em grupos para diferentes atividades. Havia grupos específicos para monitoramento de forças de segurança, para questões de logística, para troca de mensagens entre os gerentes, para o comércio de drogas em bairros específicos e para a comunicação dos líderes da facção que integravam.

Nesses grupos, segundo informação do MP, os infratores discorrem abertamente sobre o movimento de venda de entorpecentes, os lucros obtidos com a prática e sobre o monitoramento das forças de segurança pública.

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