A Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência (SMPD) de Volta Redonda abre na próxima segunda-feira (dia 9), pré-inscrições para a formação da segunda turma para o curso superior em Administração para pessoas com deficiência (PCD). A graduação é oferecida pela prefeitura em parceria com o UGB (Centro Universitário Geraldo Di Biase), em ação batizada de “Diploma Cidadão”. A formação é gratuita.

Segundo o secretário municipal da Pessoa com Deficiência, Washington Uchôa, 18 candidatos já estão numa fila de espera e a expectativa é que a turma chegue a 37 alunos. Após a pré-inscrição, os interessados são orientados sobre a realização de uma prova, equivalente ao vestibular. Quem tiver feito o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) também pode utilizar a nota para ingressar no curso.

“Deficientes físicos, surdos ou quem tem dificuldades de mobilidade podem se inscrever neste pré-cadastro. A expectativa é que o vestibular seja realizado no fim de janeiro e as aulas iniciem em fevereiro. A oferta deste curso é um sucesso e mostra que Volta Redonda é exemplo para os demais municípios do estado do Rio de Janeiro. Das 92 cidades, somente nós temos este curso. Isso mostra o quanto o prefeito Neto é sensível à questão dos deficientes”, frisou Uchôa.

Os interessados podem entrar em contato pelo telefone (24) 3339-9031 ou comparecer à secretaria, que fica na Avenida 17 de Julho, nº 7, no bairro Aterrado.

Primeira turma chega à metade do curso

A primeira turma do “Diploma Cidadão” chegou à metade do curso de Administração no fim do ano passado. A graduação tem duração de quatro anos e auxilia, principalmente surdos, a estarem capacitados para o mercado de trabalho.

O projeto surgiu após a secretaria da Pessoa com Deficiência identificar um grande interesse de ingressar no ensino superior por parte deste público, que buscava se capacitar e melhorar a sua colocação no mercado de trabalho. Dos 30 alunos que iniciaram o curso, 28 seguem na turma, ultrapassando barreiras e se tornando exemplos de perseverança.

Para conseguirem assimilar melhor as disciplinas, os estudantes contam com auxílio de dois intérpretes de Libras (Língua Brasileira de Sinais), inclusive com aulas de reforço no contraturno. Em parceria com os professores das disciplinas, são produzidos materiais bilíngues para expor aos alunos de forma visual – iniciativa pioneira no Brasil.

“Normalmente, a educação de surdos em faculdades é feita com um intérprete, e só com ele não é o suficiente, porque os alunos acabam perdendo as informações e o intérprete não consegue passar tudo. No nosso projeto, além de termos dois intérpretes acompanhando as aulas à noite, temos reforço à tarde, 100% em Libras. Os professores de Administração são fluentes em língua de sinais, temos uma professora de Português para surdos e outro que ensina Libras para os que não são fluentes na língua de sinais. Então são cinco profissionais trabalhando em prol desta turma”, resumiu a coordenadora do projeto, Eliete Guimarães Vasques.

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