A Secretaria de Estado de Polícia Civil (Sepol) criou uma força-tarefa para investigar atos de vandalismo e de violência envolvendo as torcidas organizadas de futebol e seus integrantes. O objetivo é evitar e antecipar, por meio de investigações e atividades de inteligência, as ações criminosas desses grupos, como as ocorridas no dia 5 de março. A Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) representou pela prisão de quatro líderes de torcidas no último sábado (dia 11), além de outras medidas cautelares.
Nessa segunda-feira (dia 13), a Justiça deferiu, com base nas investigações da DRCI, os pedidos de prisão de líderes das torcidas Young Flu, Força Jovem Vasco, Torcida Jovem do Flamengo e Raça Rubro Negra; assim como mandados de busca e apreensão nas sedes das torcidas organizadas envolvidas, bem como nos endereços dos seus dirigentes; quebra de sigilo de dados; dissolução e interdição temporária das torcidas; bloqueio das contas bancárias e de redes sociais. Contra outros 16 investigados também foram expedidas medidas cautelares, como apresentação em Juízo para justificativa das atividades bimestralmente; proibição de deixar o estado sem autorização judicial; impossibilidade de contato entre si; afastamento de praças esportivas de 5 km em dias de jogos; e monitoramento eletrônico para fiscalização do afastamento.
As investigações estão concentradas na DRCI, que instaurou inquérito para apurar a prática de organização criminosa, lesão corporal, dano ao patrimônio público e privado e demais crimes do Estatuto do Torcedor. A força-tarefa conta com a participação da Subsecretaria de Planejamento e Integração Operacional (SSPIO), da Subsecretaria de Inteligência (Ssinte) e dos Departamentos-Gerais de Polícia Especializada (DGPE) e da Capital (DGPC).
De acordo com a DRCI, já foram identificadas e intimadas mais de 100 pessoas com algum envolvimento com os fatos. As investigações seguem em andamento.