Em comunicado à imprensa, a diretoria do Volta Redonda repudiou a declaração do técnico do Paysandu, Hélio dos Anjos, na entrevista coletiva após o jogo disputado na tarde de ontem (dia 3), válido pela 1ª rodada do quadrangular da Série C do Brasileiro. Sem explicar os motivos, Hélio disse que há uma “comoção política muito grande” para o time, que “ajuda” os clubes grandes do Rio de Janeiro.

“Insinuar que a grandeza do Volta Redonda está relacionada à utilização do estádio Raulino de Oliveira pelos grandes clubes do Rio de Janeiro mostra não apenas uma deselegância, como um desrespeito à instituição”, diz a nota.

O clube ressalta que, na própria partida, que terminou com o placar de 1 a 1, o Voltaço teve um gol anulado que sequer foi analisado pela equipe de VAR e que ficou mais de 35 jogos sem ter um pênalti a seu favor em competições nacionais, contrariando qualquer lógica de possível benefício.

“Além disso, se ceder um estádio aos quatro grandes do estado do Rio de Janeiro pode significar uma força oculta em uma competição nacional, o que se deve pensar sobre ceder o estádio para a Seleção Brasileira na estreia das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026”, acrescentou o Voltaço no comunicado.

O clube ainda destaca que o Estádio Raulino de Oliveira é um patrimônio do futebol nacional e há anos um motivo de orgulho para uma cidade, sendo um local que atende cerca de cinco mil pessoas diariamente para consultas e aulas.

“Portanto, a utilização do estádio por outros clubes nunca representou nenhuma vantagem ao Volta Redonda, que luta com muita dificuldade há sete anos para conseguir o seu sonhado acesso para a Série B do Campeonato Brasileiro”, finalizou.

Entenda

No empate em 1 a 1 entre Paysandu e Volta Redonda, o técnico Hélio dos Anjos não poupou críticas à arbitragem, especialmente ao árbitro Gustavo Ervino Bauermann. Ele foi expulso após questionar o tempo de acréscimo dado pelo árbitro, alegando que este estava sendo influenciado pelo bandeira do banco.

Hélio dos Anjos também expressou insatisfação com a inexperiência do árbitro, destacando seu histórico e sugerindo que ele não estava à altura de uma partida importante.

“Eu faço a reclamação ali do tempo (de acréscimo), um árbitro experiente me dá cartão amarelo. Mas o árbitro estava sendo induzido pelo bandeira do banco. O bandeira foi pedir a expulsão do Bruno (Alves). Como na hora ele deu cartão amarelo? O bandeira pediu minha expulsão. É um árbitro de 27 anos. Quem está representando o futebol paraense é o Paysandu. Então, Federação ou quem quer que seja, ninguém aqui tá pedindo proteção, mas não dá pra trazer aqui um árbitro de 27 anos. Vai olhar o histórico desse árbitro. Ele apitou Série D. Ele apitou um jogo da Série B sem comoção nenhuma”, criticou.

Além disso, o treinador mencionou uma suposta comoção política em torno do Volta Redonda, insinuando que isso beneficia os clubes grandes do Rio de Janeiro, como parte de uma observação mais ampla sobre a situação do futebol na região.

“Estou chamando a atenção disso, porque é hora de time grande. O Volta Redonda é grande porque ajuda todos os times grandes do Rio dando seu estádio. A prefeitura de Volta Redonda ajuda todos os times grandes do Rio. Hoje [no caso domingo] mesmo Fluminense foi lá jogar. Tem uma comoção política muito grande em cima do Volta Redonda. Só estou aqui chamando a atenção”, disparou Hélio.

Foto: Jorge Luís Totti/Paysandu

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