Morreu na manhã desta segunda-feira (dia 15) o ex-jogador de futebol e técnico Jorge Luís Brochado, aos 66 anos. Ele estava em sua casa, no centro de Barra Mansa, quando sofreu um mal súbito. Uma equipe do Samu foi acionada, mas ao chegar ao local constatou o óbito. O corpo será velado no Cemitério Municipal e o sepultamento está marcado para as 16h.
Jorge Luís era casado com Estefânia Rezende e pai de dois filhos, Jorge Pereira e Maria.
Trajetória
Jorge Luís começou sua carreira no Barra Mansa Futebol Clube, onde atuou até a categoria Dente de Leite. Em 1972, uma reviravolta inesperada mudou sua vida: após um acidente automobilístico de seu tio Juca na Avenida Brasil, no Rio de Janeiro, ele foi atendido por Paulo Niemeyer, médico do Flamengo. Juca mencionou o talento de seu sobrinho para o doutor, que escreveu uma carta de recomendação para o Flamengo. Após ser aprovado nos testes, Jorge Luís passou por todas as equipes da base do clube carioca, chegando a disputar um Mundial Sub-20 na Tunísia, onde o Brasil ficou em terceiro lugar.
No profissional do Flamengo, estreou aos 17 anos contra o Bahia, sob o comando de Carlos Froner. Ficou no clube até o final de 1978, conquistando a Taça Guanabara daquele ano. Em seguida, foi emprestado ao Cruzeiro, onde se destacou no Campeonato Mineiro e chamou a atenção do Al Nassr, da Arábia Saudita. No clube árabe, ao lado de Luizinho e Lino, fez história ao conquistar o título árabe de 1979, encerrando um longo jejum de títulos.
Depois, foi emprestado ao Joinville, onde ajudou a equipe a conquistar o título catarinense com um gol na final contra o Criciúma. Passou ainda pelo Guarani, onde jogou ao lado de Careca e Jorge Mendonça, e depois pelo Athlético-PR, onde foi bicampeão estadual e fez uma excelente campanha no Campeonato Brasileiro de 1983, terminando em terceiro lugar.
Encerrando sua passagem pelo Athlético-PR em 1984, transferiu-se para a Portuguesa/SP e, posteriormente, foi emprestado ao Londrina/PR. Em 1986, ganhou seu passe na justiça e foi para o Pinheiros/PR, onde teve a oportunidade de atuar com seu irmão Edgar. Encerrou sua carreira profissional em 1987 e se mudou para os Estados Unidos, onde jogou na liga semiprofissional por quatro anos.
Como treinador, trabalhou nas divisões de base do Volta Redonda e dirigiu o Barra Mansa, além de outras equipes no Paraná. Jorge cursou educação física no Centro Universitário de Volta Redonda (UniFOA).