O presidente do Diretório Municipal do DC (Democracia Cristã) em Barra Mansa, o advogado Anderson Misael Fernandes e o secretário geral do partido, José William Landim, levantaram sérias dúvidas sobre a pesquisa eleitoral divulgada na terça-feira (dia 17) no município, feita por um jornal de circulação regional e encomendada pelo próprio órgão de imprensa. Segundo ele, no atual cenário eleitoral, a confiança nas pesquisas tem sido cada vez mais abalada devido à suspeita de manipulação dos dados para favorecer certos candidatos. Essa hipótese vem ganhando força à medida que surgem discrepâncias nos resultados entre diferentes institutos.
Eles afirmaram que o resultado da pesquisa em Barra Mansa, que favorece o candidato da situação, é preocupante e carrega indícios claros de manipulação. Fontes não oficiais denunciam a existência de um esquema de venda de “pacotes de pesquisas fraudulentas”, nos quais candidatos à prefeitura estariam comprando resultados manipulados.
Outro fato que agrava a desconfiança é o endereço do instituto responsável pela pesquisa, conforme registrado no site do TSE. O local, situado na Rua Tibor, 21, em Araruama, funciona em um prédio que abriga uma concessionária de automóveis, com andares superiores aparentemente abandonados. Esse detalhe, considerado no mínimo inusitado, levanta ainda mais suspeitas sobre a seriedade do instituto e a legitimidade dos dados divulgados.
“Isso abre margem para questionamentos sobre a grande disparidade entre os números dessa pesquisa e os resultados de outras pesquisas encomendadas por setores da sociedade, ainda que não tenham sido registradas no TSE. A diferença entre os levantamentos é suficiente para gerar suspeitas, colocando os resultados em xeque”, afirmou o presidente do DC.
José Willaim citou o exemplo de Resende, onde o juiz Hindenburg Köhler Brasil Cabral Pinto da Silva, da 31ª Zona Eleitoral, suspendeu a divulgação de uma pesquisa devido à discrepância nos números e ao histórico controverso do instituto responsável. A decisão judicial, segundo ele, foi fundamental para garantir a transparência do processo eleitoral, mas também expôs a fragilidade de outros levantamentos realizados.
“No período eleitoral, as pesquisas deveriam desempenhar um papel decisivo na formação da opinião dos eleitores. Porém, com esses casos recorrentes, a população se pergunta: os números apresentados são reais ou uma tentativa de enganar o eleitor? A confiança nas pesquisas está em queda, e a credibilidade desses levantamentos já está severamente comprometida”, concluiu o secretário geral do DC.
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