O Rio de Janeiro é prioridade para a Shell. Este foi o principal recado enviado pela direção da multinacional para o governador Cláudio Castro (PP) em reunião virtual realizada nesta segunda-feira (dia 21). O presidente da companhia, André Araújo, destacou que a empresa pretende disputar novos leilões de termelétricas e que deseja manter seu parque de construção em funcionamento, gerando mais 1.500 empregos além dos mil já existentes.

“Temos consciência de que a indústria de óleo e gás é a principal vocação econômica do nosso Estado. Estamos empenhados em melhorar a infraestrutura e ajustar a questão tributária, pois há um excesso de leis sobre sobre tributos no Rio de Janeiro. Nosso objetivo é gerar segurança jurídica para receber os principais players do mercado. O diálogo é um de nossos mantras. Escutamos as demandas da cadeia produtiva e os empreendedores estão reconhecendo isso”, afirma o governador, antes de dar como exemplo a atuação do estado na concessão do saneamento público. “O processo transparente e tecnicamente bem feito, que resultou em ágio de mais de 100% e grande interesse de grandes empresas, é o cartão de visitas de como estamos trabalhando”.

O executivo da Shell elogiou as ações do Governo para garantir a competitividade do Estado e atrair investimentos no segmento de gás natural. André ainda mostrou interesse em participar do programa IndustrializaRJ, de incentivo à reindustrialização do estado, e afirmou que deseja interagir com o recém-criado Grupo de Trabalho Intersecretarial Rio Carbono Zero, cujo objetivo é identificar as ações necessárias para o Rio de Janeiro se tornar carbono neutro até o ano de 2045.

“Estamos bastante ativos nesse debate, até pelos compromissos de redução de emissões do grupo no mundo. O foco da Shell é continuar investindo em projetos no Rio de Janeiro. O estado é o hub natural do gás natural no Brasil”, afirmou Araújo, presidente da Shell Brasil.

O secretário de Desenvolvimento Econômico, Energia e Relações Internacionais, Vinícius Farah, que participou do encontro ao lado dos secretários de Fazenda e da Casa Civil, Nelson Rocha e Nicola Miccione, respectivamente, destacou as possíveis oportunidades que podem ser geradas através do diálogo.

“A maior potência que o Estado pode ter é o diálogo com a iniciativa privada e a segurança jurídica, sempre com o objetivo de gerar novas oportunidades, pleno emprego e um Rio de Janeiro economicamente forte. Vivemos um grande alinhamento entre as três secretarias e sabemos que, juntos, somos importantes neste fortalecimento da credibilidade do Governo”, avaliou Farah.

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