O principal alvo da operação Decipit foi preso, em flagrante, na manhã desta segunda-feira (dia 21), no bairro de Santíssimo, no Rio de Janeiro. Outros dois investigados também foram presos, em flagrante, por falsificação de documentos. a prisão dos três aconteceu na fábrica de falsificação, em Santíssimo, no Rio.
Um quatro investigado foi preso, também em flagrante, por posse ilegal de arma de fogo e uso de documento falso, em Angra dos Reis.
De acordo com as investigações, o líder da quadrilha é conhecido como um dos maiores falsificadores de documentos do país e já havia sido preso 2016 pela Polícia Civil do Paraná pelos crimes de Estelionato e Falsificação de Documentos.
Em novembro de 2020, ele voltou a ser preso em virtude das atuais investigações, mas por decisão da Justiça a medida foi substituída por uso de tornozeleira eletrônica. Porém, as apurações indicam que mesmo com o líder nesta condição, a quadrilha continua atuando e recebendo indevidamente benefícios de Auxílio Emergencial.
A operação Decipit foi deflagrada nesta manhã e conta com cerca de 60 policiais federais, que visam cumprir oito mandados de busca e apreensão, expedidos pela 4ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, nos municípios de Angra dos Reis, Rio de Janeiro, Barueri e Carapicuíba (SP).
As investigações apontam que a quadrilha utilizava listas de pessoas – publicadas nos sites dos Tribunais Regionais Eleitorais (TRE’s) – que não votaram nas últimas três eleições, e, com estes dados, captavam dados em sites privados de banco de dados e faziam o cadastro no portal gov.br (site de serviços para o cidadão do Governo Federal). Após a realização do cadastro, os criminosos faziam o requerimento indevido do benefício pelo aplicativo Caixa Tem.
A organização criminosa realizava diversas fraudes para dar aparência de verdadeiro o cadastro, dentre elas, o cadastramento de chips de telefonia no nome dos beneficiários e produção de documentos falsos. Estima-se que mais de R$ 1 milhão possam ter sido recebidos indevidamente pela organização.
Além do líder da organização, ao menos mais cinco outras pessoas são investigadas e podem responder pelos crimes de Estelionato qualificado pela fraude eletrônica, Falsificação de Documento Público e Organização Criminosa, que, somados podem chegar a mais de 20 anos de reclusão.
Divulgação PF