Motoristas e pedestres que com certa frequência passam pelas ruas 41 e 41-C, na Vila Santa Cecília, provavelmente observaram o corte total de árvores que por décadas proporcionaram um cenário mais bucólico na paisagem da área central da cinzenta Volta Redonda. Moradores relatam terem sido informados que a medida faz parte do trabalho preventivo da Prefeitura para minimizar os impactos dos períodos de fortes chuvas, previstos para o fim do ano.

Explicação semelhante, porém, não deve ajudar a minimizar a insatisfação de moradores de outra região da cidade, também pegos de surpresa com a decisão do governo municipal de cortar uma antiga árvore. À Folha do Aço, populares disseram que a árvore de tamanho grande e, aparentemente, em bom estado, foi cortada no último sábado (dia 22), na praça central do Bloco 140, no bairro Volta Grande IV.

“O serviço foi realizado pela secretaria municipal de Ordem Pública e queremos saber o motivo que levou o corte total da árvore, já que a mesma estava, para nós, em perfeito estado, sem colocar nenhuma residência em risco”, explicou um morador, pedindo para ser identificado.

Além do corte da árvore, moradores reclamam que a Prefeitura não se preocupou, nem mesmo, em fazer a remoção dos galhos, troncos e folhas. Tudo acabou deixado no local.

“Já faz quase uma semana que cortaram as árvores e até hoje os pedaços e folhas estão no mesmo lugar. O tal serviço de poda deixou muita sujeira na praça, exatamente no dia em que foi feita uma ‘vaquinha’ para pagar uma equipe particular e assim realizar o serviço de capina e limpeza geral da praça. Além disso, há o perigo de o local virar abrigo para animais peçonhentos”, disse o mesmo morador.

Recentemente, a secretaria de Ordem Pública adquiriu uma ‘motopoda’ para ampliar o serviço de poda de árvores no município. O responsável pela pasta, Luiz Henrique Monteiro Barbosa, explicou que o equipamento será útil nos locais de difícil acesso para o caminhão, principalmente as praças públicas.

“Vamos passar por uma fase de teste da máquina, mas em breve faremos uma programação para atender a essa demanda, que ficou reprimida por conta da dificuldade de acesso”, detalhou.

Outro lado

A Folha do Aço questionou a administração municipal sobre o corte de árvores em diferentes pontos da cidade. Em nota, a secretaria de Ordem Pública disse que “atende, rigorosamente, aos laudos técnicos/operacionais emitidos pelos especialistas” da pasta de Meio Ambiente, “que definem quais árvores deverão ser cortadas ou não”.

De acordo com a Semop, os procedimentos são encaminhados ao setor de Meio Ambiente, onde especialistas analisam a situação da árvore e definem sobre a necessidade ou não do corte. “A equipe da Semop realiza ainda a poda de segurança, retirando os galhos que atrapalham as lâmpadas dos postes de iluminação pública, além das podas solicitadas pelas associações de moradores dos bairros e de cidadãos, que fazem os pedidos através do número de telefone 156”, explica a nota.

Ainda conforme a pasta, a secretaria de Infraestrutura é acionada quando as árvores ou os troncos são mais pesados, impossibilitando a remoção manual. Neste caso, um caminhão munk deve ser utilizado. Porém, o mesmo, muitas vezes, está sendo usado com urgência em outra obra. “Mas essa espera não costuma ser muito demorada”, garante o Palácio 17 de Julho.

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