A travessia de pedestres na Rua Doze, em frente ao Sider Shopping, na Vila Santa Cecília, em Volta Redonda, ganhou um dispositivo sonoro. O equipamento foi inaugurado nesta quinta-feira (dia 15) e traz instruções em braile e auxilia deficientes visuais a trafegarem com mais segurança.

A ferramenta funciona através de uma caixinha instalada no poste, ao lado da faixa de pedestres. Ao acionar o botão, o pedestre precisa aguardar o início do bip sonoro que sinaliza quando o semáforo está fechado para os veículos. Assim, ele poderá iniciar a travessia com segurança.

O semáforo com dispositivo sonoro é o segundo instalado em Volta Redonda em uma parceria entre as secretarias municipais de Transporte e Mobilidade Urbana (STMU) e a da Pessoa com Deficiência (SMPD). Outros 20 equipamentos foram adquiridos e serão instalados nos centros comerciais e em vias de maior fluxo de pessoas e veículos.

“Nos reunimos com todos os deficientes visuais e eles fizeram esta reivindicação, da instalação do semáforo com sinal sonoro. Com apoio do prefeito Neto, muito sensível e coração aberto, conseguimos colocar um na Ilha São João, agora na Vila Santa Cecília e a tendência é ampliarmos ainda mais”, disse o secretário da Pessoa com Deficiência, Washington Uchôa.

O professor de Educação Especial, Rafael Eleutério, de 42 anos e é cego desde o nascimento, aprovou a instalação do dispositivo e destacou a importância da ferramenta, que garante mais segurança e autonomia aos deficientes visuais.

“O sinal sonoro é algo que promove muita autonomia, mas é importante que o motorista respeite esta sinalização. E o sinal sonoro não substitui a solidariedade. As pessoas podem ajudar o deficiente a atravessar. Podem oferecer o auxílio”, afirmou Rafael.

Ele ainda destacou o pioneirismo de Volta Redonda em garantir os direitos das pessoas com deficiência.

“Volta Redonda é referência em muitas outras áreas e é importante que seja na acessibilidade. Hoje, com este sinal sonoro, com certeza o município vai servir de exemplo para outros da região. Ainda existem outras barreiras como as arquitetônicas, com as calçadas, por exemplo, mas principalmente as atitudinais. A gente precisa desenvolver na nossa sociedade o sentimento de valorização das pessoas com deficiência, que elas podem realizar suas tarefas com qualidade. Minimizando essa questão, as barreiras arquitetônicas ficam bem menores”, finalizou.

Foto: Divulgação/PMVR

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