A Polícia Civil prendeu nesta terça-feira (dia 30), em Paraty, três suspeitos de manter uma idosa suíça, de 67 anos, em cárcere privado. O caso chocou a região da Costa Verde e revelou uma trama criminosa voltada para a obtenção de vantagens financeiras sobre os bens da vítima, incluindo um valioso sítio em Cunha (SP) avaliado em quase R$ 2 milhões. Além disso, a investigação policial descobriu uma coleção de arte roubada na residência onde a idosa estava confinada.
Após uma denúncia anônima, os suspeitos foram presos no momento em que chegavam à casa onde mantinham a vítima. Para entrar na residência e resgatar a idosa, os agentes tiveram que arrombar cadeados e grades. Dois dos envolvidos foram capturados enquanto tentavam fugir, e o terceiro, um jovem de 20 anos, foi identificado como o gerenciador do crime.
Durante o resgate, foram constatadas condições precárias de vida para a idosa, que estava sem suas necessidades básicas supridas e com escassez de alimentos adequados para o consumo. A vítima vivia há alguns anos no Brasil, mas sua fluência limitada em português e um quadro de confusão mental e debilidade física dificultaram a obtenção de informações pela polícia.
No imóvel, a polícia ainda encontrou cerca de 300 quadros, todos supostamente pintados pela mãe da vítima, uma renomada pintora já falecida. Algumas dessas obras pertenciam ao Museu Nacional da Suíça. O delegado responsável pelo caso, Marcelo Russo, afirmou que o material apreendido será submetido à perícia técnica criminal e que o Consulado da Suíça será contatado para a recuperação do acervo artístico.
Após o resgate, a idosa foi encaminhada a um hospital, onde recebe tratamento médico adequado e aguarda acompanhamento para receber alta. No entanto, até o momento, nenhum familiar foi localizado para cuidar da idosa.
Foto: Divulgação/Polícia Civil