Por Claro Mariano
Não é de hoje que a população de Volta Redonda reclama do “pó preto” que a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) despeja todos os dias pelos quatro cantos da cidade. As donas de casa, aqueles que sofrem com problemas respiratórios e o meio ambiente clamam por socorro.
As partículas emitidas pelos equipamentos da empresa são um subproduto gerado durante o processo de sinterização, etapa crucial na produção de ferro e aço. A sinterização envolve a aglomeração de finos de minério de ferro, juntamente com outros materiais, para formar o sínter, que é um tipo de material poroso.
Durante esse processo, partículas finas e gases são liberados na atmosfera, incluindo o “pó preto”, que ainda contém uma mistura de materiais particulados, como óxidos metálicos, carbono, sílica e compostos orgânicos voláteis. Quando inalado, pode causar problemas respiratórios, irritação nos olhos, nariz e garganta, além de agravar condições pré-existentes, como asma e doenças pulmonares.
A empresa prometeu investir pesado na compra de equipamentos, algo em torno de R$ 300 milhões. Até o momento foi somente adquirido um precipitador eletrostático para controlar a emissão do “pó preto” nas sinterizações. O “X” da questão é que deveriam ser três (um para cada equipamento), não um, como teria ocorrido, segundo relatos.
Na quarta-feira (dia 28) ocorreu uma reunião entre o prefeito Neto (sem partido) e representantes da CSN. O encontro aconteceu nas dependências do Hotel Bela vista e contou com a participação do diretor Institucional e Jurídico da empresa, o ex-ministro da Justiça Luis Paulo Barreto. O tema principal foi a poluição causada pela maior geradora de empregos da cidade.
É preciso que o responsável direto pela fiscalização da poluição gerada pela CSN, o Instituto do Ambiente (Inea), se faça mais presente. O que está em jogo é a saúde da população e a preservação do meio ambiente para garantir um desenvolvimento sustentável.

Claro Mariano é bacharel em Direito e jornalista

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