A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira (dia 14) a Operação La Tarjeta com o objetivo de prender uma pessoa investigada por integrar quadrilha de estelionatários especializada no desvio de cartões magnéticos vinculados a benefícios previdenciários.
Na ação de hoje, cerca de 10 policiais federais da Delegacia de Repressão a Crimes Previdenciários (DELEPREV) cumprem um mandado de prisão temporária e outro de busca e apreensão, expedidos pela 2ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, na residência do investigado, localizada no bairro de Brás de Pina, Zona Norte do Rio de Janeiro.
No decorrer das apurações, que contaram com o apoio do Setor de Inteligência e Investigação de Segurança Corporativa do Banco Santander, foi descoberta a atuação de uma associação criminosa que operava um grande esquema de fraudes contra o INSS, mediante a emissão de diversos cartões magnéticos vinculados a benefícios previdenciários, sem a presença de qualquer cliente, beneficiário ou representante legal.
Para tal, a quadrilha contava com a participação de um gerente da instituição bancária, que realizava inúmeras solicitações para emissão dos cartões de benefícios do INSS. Também era ele quem recebia os cartões, cadastrava as senhas escolhidas pelos criminosos e efetuava a liberação dos benefícios aos demais comparsas.
Em apenas um mês, o gerente em questão chegou a emitir 110 cartões magnéticos do INSS, vinculados a benefícios previdenciários do tipo amparo assistencial ao idoso, sem que houvesse a presença e autorização dos verdadeiros titulares do benefício ou qualquer representante legal.
Após a emissão dos cartões, integrantes da quadrilha passavam a realizar os saques fraudulentos dos benefícios mensalmente, dividindo os lucros ilícitos entre os criminosos e causando severos prejuízos à Previdência Social.
As investigações revelaram ainda que, dentro desse período de um mês citado previamente, a associação criminosa movimentou cerca de R$ 120 mil através do uso de cartões emitidos ilicitamente, além de que o gerente bancário recebia entre mil a dois mil reais por cartão desviado, a depender da quantidade.
O preso responderá pelos crimes de associação criminosa e estelionato previdenciário. Caso seja condenado, ele pode receber pena de até 13 anos de reclusão.
O nome escolhido para a operação consiste na tradução espanhola para o termo “cartão”, fazendo alusão ao instrumento físico de identificação bancária, emitido por um banco ou entidade financeira, que autoriza o indivíduo a utilizá-lo como meio de pagamento.
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