Uma tempestade de tensões está sendo observada nas dependências do Sindicato dos Metalúrgicos (SindMetal), situado na Rua Gustavo Lira, no Centro de Volta Redonda. O epicentro deste conflito reside na divergência entre o presidente Edimar Miguel e o diretor de Finanças e Administração, Alex Clemente.

A troca pública de farpas, que já se desenrolava nos bastidores há algum tempo, tornou-se pública esta semana, e não apenas ameaça a estabilidade interna, mas também gera especulações sobre a possível reestruturação da direção executiva da entidade. As tensões atingiram o ápice quando o presidente Edimar Miguel acusou publicamente Alex Clemente de realizar movimentações financeiras substanciais – cerca de R$ 670 mil – na conta bancária do Sindicato sem sua autorização.

Em resposta, Clemente negou veementemente as alegações, argumentando que todas as transações foram realizadas com o conhecimento e consentimento de Miguel. “Os saques que ele [Edimar] está falando, ele tinha anuência. Ele sabia perfeitamente”, reagiu o diretor em postagem publicada na tarde de quinta-feira (dia 22) no Instagram oficial do próprio Sindicato.

O conflito se aprofundou quando Edimar provocou o Conselho Fiscal do Sindicato, levantando questões sobre 142 transações financeiras consideradas atípicas realizadas por Alex Clemente. Edimar fundamenta suas preocupações no Estatuto do SindMetal, o qual estipula que quaisquer movimentações bancárias devem ser conduzidas de forma conjunta entre o presidente e o secretário de Finanças e Administração.

O boletim indica que os saques foram realizados diretamente na boca do caixa do banco. Na tentativa de validar a denúncia, o presidente Edimar Miguel encaminhou ao Conselho Fiscal os extratos do Sindicato no Santander, “onde estariam discriminadas as referidas transações bancárias”.

Fake news

Alex Clemente se defendeu dizendo se tratar de uma fake news difundida por Edimar. “Aqui eu faço o pagamento dos funcionários, eu faço o pagamento para comprar as comidas, eu faço o pagamento de luz, de água e de todo prédio que está em funcionamento. Inclusive da família dele eu paguei, neste tempo, quase R$ 9 mil, porque trabalhavam aqui”, revelou.

Em outro momento, o diretor financeiro do SindMetal diz acreditar que se trata de uma perseguição. “Estou pressupondo que essa perseguição foi por causa que nós cortamos as mordomias aqui do Sindicato e vamos manter até o final”, prometeu. Por fim, Alex se desculpou com os demais integrantes da direção da entidade, “que estão sendo ofendidos pelo que Edimar publicou no boletim”.

A crise instalada pode provocar uma ruptura no grupo que ajudou a conduzir Edimar Miguel ao comando da maior entidade sindical do Sul Fluminense. Nos bastidores, os comentários é que haverá mudanças profundas na composição da direção executiva.

3 COMENTÁRIOS

  1. Estava demorando vim átona esse fraucatrua… mais uma vez contra o trabalhador pagador de suas contribuição. Acordo coletivo em benefício do trabalhador e uma vergonha . Essa direção não mudou nada a não ser o nome né. Acorda peão.

  2. Mais um motivo para quem aguarda a conclusão e pagamento de processos ficar com “a pulga atrás da orelha”
    Processos iguais em que se tem ganho de causa em uma vara e outra não, cobranças indevidas, falta de informação e por aí vai…
    Tudo muito suspeito.

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