O canabidiol (CBD), um dos compostos derivados da planta Cannabis sativa, vem ganhando espaço na medicina por seus benefícios terapêuticos. Diferente do tetrahidrocanabinol (THC), o CBD não causa efeitos psicoativos, o que o torna uma alternativa promissora no tratamento de diversas condições, como epilepsia, ansiedade, dores crônicas e distúrbios do sono.

Em Volta Redonda, a rede pública de saúde se destacou ao incluir o uso de canabinoides no tratamento de pacientes com epilepsia refratária, transtorno do espectro autista, Parkinson e Alzheimer, principalmente para aqueles que não apresentavam resposta aos tratamentos convencionais. O óleo de canabidiol passou a ser prescrito por médicos em casos específicos, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida dos pacientes.

Esse avanço, porém, trouxe um desafio: a demanda cresceu rapidamente. Atualmente, 586 pessoas estão na fila de espera para uma consulta inicial que avalia a indicação do tratamento com canabidiol. Apesar disso, 157 pacientes já estão em tratamento, segundo últimos dados disponibilizados pela PMVR, refletindo o impacto positivo e o crescente interesse por essa abordagem terapêutica.

De acordo com estudos da Fiocruz, o uso medicinal de canabinoides, como o CBD e o THC, tem mostrado resultados promissores em várias condições de saúde. Pesquisas apontam benefícios comprovados em casos de dor crônica, espasticidade, transtornos neuropsiquiátricos e no alívio de sintomas como náuseas e vômitos associados à quimioterapia. “Estudos indicam que o canabidiol pode ser seguro e eficaz em diferentes contextos clínicos”, reforçam os pesquisadores.

Tratamentos

Entre os tratamentos mais estudados com CBD, destaque para as epilepsias refratárias, como as síndromes de Dravet e Lennox-Gastaut. Evidências científicas mostram que o composto ajuda a reduzir a frequência das crises convulsivas, contribuindo para a aprovação de medicamentos à base de canabidiol em países como o Brasil.

Além disso, novas pesquisas indicam que o CBD pode oferecer benefícios no combate a doenças neurodegenerativas, como Alzheimer e Parkinson, além de ser promissor no tratamento de dependência química e como aliado no alívio de dores relacionadas ao câncer e à quimioterapia.

Com o aumento da procura, a Cidade do Aço enfrenta a necessidade de ampliar investimentos na capacitação de profissionais da saúde, regulação e acesso ao tratamento. A experiência de Volta Redonda ilustra o potencial transformador do canabidiol na saúde pública, mas também evidencia os desafios de atender a uma demanda crescente e de garantir que mais pessoas possam se beneficiar dessa terapia.

*Lista consultada na quarta ( dia 11)
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