Com o calendário escolar já avançando para o mês de maio, estudantes das redes municipais de Volta Redonda e Barra Mansa seguem sem os uniformes prometidos para o ano letivo de 2025. A demora tem gerado críticas de pais e responsáveis, que denunciam o uso de peças antigas, desgastadas e, muitas vezes, fora do tamanho ideal para as crianças.
Em Volta Redonda, onde as aulas começaram na primeira semana de fevereiro, o fornecimento dos uniformes foi homologado ainda em março, com contrato no valor de R$ 5,5 milhões. No entanto, até o momento não há data oficial para a entrega. O atraso é atribuído à lentidão do processo licitatório, marcado por impugnações, testes de amostras e até uma suspensão temporária determinada pelo Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ), que apontou falhas no edital, como a ausência de critérios técnicos claros.
Enquanto o discurso oficial destaca a importância do uniforme escolar para a igualdade e o desenvolvimento dos alunos, o cenário nas escolas evidencia um problema de gestão que se repete a cada ano.
Em Barra Mansa, a situação é parecida. A falta de prazos para a distribuição tem gerado crescente insatisfação entre as famílias. Em entrevista ao programa Bom Dia Cidade, da Rádio Cidade do Aço, o prefeito Luiz Furlani (PL) admitiu o atraso e o atribuiu à troca da empresa fornecedora e à burocracia dos processos públicos.
“Eu troquei a empresa que fornecia os uniformes. Com isso, tivemos que passar por todos os trâmites burocráticos: levantamento de quantidades, tamanhos, formatos, licitação e reserva de recursos”, justificou Furlani. Segundo ele, a nova remessa começou a chegar na quarta-feira (dia 30) e a distribuição está prevista para ocorrer ainda em maio, junto com os kits escolares.
O prefeito também prometeu que, em 2026, a entrega será feita no início do ano letivo. “Ano que vem, quando começarem as aulas, o kit escolar vai estar sendo entregue, porque vamos ter uma programação prévia”, declarou.