Câmara abre mão de R$ 5,5 milhões e Neto descarta redução de pagamento dos médicos

A Câmara Municipal de Volta Redonda decidiu abrir mão de R$ 5,5 milhões do repasse do duodécimo a que teria direito até o fim deste ano. O valor será incorporado ao orçamento do Executivo e, segundo o prefeito Neto (PP), ajudará a equilibrar as contas municipais, especialmente na área da Saúde.

O anúncio foi feito na manhã desta terça-feira (dia 14) pelo presidente da Casa, vereador Edson Quinto (PL), durante um encontro com o prefeito no gabinete. Ele estava acompanhado dos parlamentares que integram a base governista.

De acordo com o prefeito, a decisão representa um gesto de responsabilidade e compromisso com o futuro da cidade.

“Os vereadores da base tiveram um senso de responsabilidade imenso com o futuro de Volta Redonda. Sou extremamente grato e temos de valorizar os parlamentares que realmente querem ajudar o município. Com esse reforço, poderemos manter os salários dos médicos que atuam nos postos de saúde no mesmo patamar atual de R$ 20 mil, um dos maiores do Brasil”, destacou.

O presidente da Câmara explicou que a proposta já vinha sendo discutida e recebeu apoio unânime dos vereadores da base.

“Vamos ajudar o prefeito, mas acima de tudo ajudar a cidade. É hora de todos darem sua cota de contribuição, e estamos fazendo a nossa parte”, afirmou Edson Quinto.

Município enfrenta déficit de R$ 38 milhões

Em setembro, Volta Redonda fechou o mês com um déficit orçamentário de R$ 38 milhões, segundo dados da própria administração municipal. O resultado negativo pressiona as finanças do Executivo e acendeu o alerta para a necessidade de medidas de contenção e reforço de receitas.

A decisão da Câmara vem no mesmo período em que o governo tenta reequilibrar as contas públicas e manter os serviços essenciais, especialmente na área da Saúde.

Royalties do petróleo reforçam orçamento municipal

Mais cedo, o município anunciou que a Justiça Federal do Distrito Federal reconheceu o direito de Volta Redonda a ser incluída pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) entre os beneficiários de royalties da Zona Principal de Produção (ZPP).

A decisão garante repasses retroativos e amplia o valor mensal recebido — de cerca de R$ 4 milhões para até R$ 15 milhões —, representando um importante reforço nas contas públicas. Segundo o prefeito Neto, o reconhecimento judicial e o gesto da Câmara se somam para dar o alívio financeiro que o município precisava.

“Ajuda muito. Pode até não resolver, mas ajuda. Se tudo der certo, vamos respirar. Certo é que já avançamos e vamos poder pagar os salários no patamar atual”, afirmou Neto.

Foto de divulgação – Secom/PMVR.

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