VR apresenta baixo desempenho no Índice de Desenvolvimento Sustentável das Cidades

Volta Redonda ficou com índice de 48,96 pontos, em uma escala de 0 a 100, no Índice de Desenvolvimento Sustentável das Cidades – Brasil (IDSC-BR), ocupando a posição 3.215 entre os 5.570 municípios brasileiros. Divulgado na quarta-feira (dia 15), em Brasília, o levantamento mede o avanço das cidades brasileiras rumo ao cumprimento da Agenda 2030 da ONU, que reúne 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

 Segundo dados do Instituto Cidades Sustentáveis (ICS), Volta Redonda apresentou índices muito baixos em áreas como Indústria, Inovação e Infraestrutura e Igualdade de Gênero, dois dos pilares avaliados no estudo.

 No ODS Indústria, Inovação e Infraestrutura, o desempenho da cidade foi impactado pelo baixo investimento público em infraestrutura urbana por habitante, apontando desafios para o desenvolvimento econômico sustentável e tecnológico do município.

 Já no ODS Igualdade de Gênero, Volta Redonda obteve nota baixa devido a indicadores como baixa presença de vereadoras na Câmara Municipal, alta proporção de jovens mulheres de 15 a 24 anos que não estudam nem trabalham, a diferença percentual entre jovens mulheres e homens nessa condição e a taxa de feminicídio.

 Outros ODS em que a cidade ficou abaixo da média nacional foram: Erradicação da Pobreza, Erradicação da Fome, Redução das Desigualdades, Cidades e Comunidades Sustentáveis, Produção e Consumo Sustentáveis e Paz, Justiça e Instituições Eficazes – todos classificados como de baixo desempenho.

 Destaques positivos

Apesar dos desafios, o levantamento apontou áreas de destaque em Volta Redonda. O município apresentou índice muito alto em Saúde e Bem-Estar, superando a referência nacional em indicadores como população atendida por equipes de saúde da família, baixa taxa de mortalidade materna e redução da mortalidade infantil.

Outro ODS em que a cidade se destacou foi Água Potável e Saneamento, com alta cobertura de abastecimento de água e esgotamento sanitário, evidenciando avanços importantes na infraestrutura básica urbana.

Ferramenta de gestão pública

O IDSC-BR, desenvolvido pelo Instituto Cidades Sustentáveis em parceria com a rede internacional SDSN (UN Sustainable Development Solutions Network), é uma ferramenta que orienta políticas públicas locais e mede o progresso dos municípios brasileiros em relação aos ODS da ONU.

 A pontuação, que varia de 0 a 100, reflete a distância que cada cidade ainda precisa percorrer para alcançar o desempenho ideal em desenvolvimento sustentável. Segundo o relatório, os dados servem de base para elaboração de políticas públicas mais eficientes e para a criação de Relatórios Voluntários Locais (RVL), instrumentos que permitem às cidades monitorar, comparar e compartilhar seu progresso na implementação da Agenda 2030.

 Com desempenho global abaixo da média, Volta Redonda enfrenta o desafio de ampliar investimentos em infraestrutura, inovação e políticas de igualdade, ao mesmo tempo em que deve preservar e fortalecer os avanços já conquistados em saúde e saneamento básico.

ONU

O IDSC-BR de 2025 foi lançado durante o Fórum de Desenvolvimento Sustentável das Cidades, em Brasília. O secretário-executivo da Comissão Nacional para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, Lavito Bacarissa, lembrou que a Agenda 2030 é resultado do consenso de 193 países, alcançado em 2015.

“Quando a gente fala com as gestoras e gestores municipais, locais e líderes territoriais, a gente fala da Agenda 2030 como um instrumento importante de desenvolvimento daquele território, com uma lógica de objetivos, metas e indicadores”, reforça Bacarissa.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.