O Programa de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) de Volta Redonda tem recebido reclamações de vítimas do chamado “golpe do colchão”. Segundo o coordenador do órgão, o advogado João Silveira Neto, o crime tem como alvos idosos e pessoas com pouca instrução. O golpe consiste em vender objetos a preços exorbitantes, normalmente colchões, para conseguir ter acesso a dados pessoais. Com isso, o golpista consegue abrir contas bancárias e até adquirir empréstimos consignados no nome da vítima.
Silveira Neto detalhou que normalmente os golpistas agem em dupla. Durante a negociação, eles vendem o colchão com a promessa de que o produto “trata” doenças e pedem que a vítima tire uma foto segurando um documento com foto. O preço inicial do colchão informado às vítimas é de R$ 8 mil.
“Esses oportunistas se aproveitam que os idosos estão mais em casa por conta da pandemia e até de pessoas mais simplórias para conseguirem aplicar este golpe. De posse desta foto, eles têm acesso a todos os dados da pessoa. Podendo fazer empréstimos, abrir contas bancárias e o consumidor vai sair no prejuízo.”, afirmou.
Segundo o coordenador do Procon, as pessoas têm procurado o órgão e a orientação é para que eles não comprem o produto; caso seja vítima procure a delegacia da Polícia Civil.
“Lembre-se: você não está comprando nem de um site, nem de loja física, como é que a pessoa vai encontrar este vendedor?”, finalizou Silveira Neto, ressaltando que geralmente esses vendedores usam de propaganda enganosa, já que o produto não apresenta nenhum benefício para quem o usa.
Caso o consumidor desconfie que está sendo alvo de golpista pode chamar a polícia através do 190.