Na tarde desta terça-feira (dia 20), a Prefeitura de Barra Mansa, por meio da Secretaria de Saúde, iniciou a vacinação contra a Covid-19 em pessoas com síndrome de Down. A ação aconteceu na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) e atendeu 57 pessoas com idade acima de 18 anos, sendo 23 alunos da instituição.
Acompanharam a vacinação o secretário de Saúde, Dr. Sérgio Gomes, o deputado estadual Marcelo Cabeleireiro, a coordenadora de Educação Especial do Centro Municipal de Atendimento Educacional Especializado (Cemae), Sônia Coutinho, o presidente da Apae, Luiz Alberto Lopes Feijó, e vereadores.
O secretário de Saúde, Dr. Sérgio Gomes,acompanhou de perto a ação e falou sobre a necessidade de atender esse grupo. “Essa vacinação é a coisa mais linda. É a inclusão de um segmento que tem baixa imunidade. Eles têm a nossa preferência e o nosso respeito total. Somos a primeira cidade a fazer e este é o primeiro grupo com comorbidade e portadores de necessidades especiais que nós estamos atendendo”.
O presidente da Apae, Luiz Alberto Lopes Feijó, destacou a importância da vacinação para as pessoas com síndrome de Down. “A Apae vive em função dessas pessoas com algum tipo de síndrome. A Down é a que tem mais comorbidades. Estávamos muito preocupados com o início desta vacinação porque o Down tem uma predisposição muito grande com questões respiratórias. Corríamos o risco de algum assistido nosso ser vítima dessa doença”.
A vacinação para este grupo é uma solicitação da vereadora Luciana Alves, que detalhou a iniciativa; “A pessoa com síndrome de Down está inclusa no Plano Nacional de Imunização do Governo Federal e aqui em Barra Mansa o prefeito segue de forma criteriosa, com muita responsabilidade. Tenho acompanhado outros municípios que já tinham conseguido a vacinação para o Down. Eu entrei com um projeto de lei na Câmara, junto com o presidente Furlani, e foi aprovado. Conversamos com o prefeito e mostramos a importância dessa iniciativa. Uma pessoa com síndrome de Down tem aproximadamente uma predisposição para umas 80 doenças. A chance de morte é de 10% a mais do que para outras pessoas”.
Marlene Marinho Rocha, veio acompanhar o irmão Rafael Rocha Ramos, de 32 anos. “O atendimento foi excelente, sem comentários. As pessoas que têm síndrome de Down fazem parte do grupo de risco. Não esperava a vacinação chegar tão rápida”. Rafael também fez questão de demonstrar a sua alegria. “Estou doido para tomar a segunda dose e voltar a fazer a academia. Estava ansioso e agora estou muito feliz. Não precisa ter medo de tomar a vacina”.