Volta Redonda e outros sete municípios do Sul Fluminense aplicaram pelo menos 124 doses vencidas da vacina Oxford/Astrazeneca em seus processos de imunização contra a Covid-19. A aplicação do imunizante vencido prejudica a proteção contra a doença.
Essas doses foram importadas direto do Instituto Serum, fabricante da vacina, na Índia, ou doadas através do consórcio Covax Facility. A informação consta nos registros oficiais do Ministério da Saúde e foi revelada nesta sexta-feira (dia 2) pela Folha de São Paulo.
De acordo com o levantamento, Volta Redonda aplicou 26 doses vencidas. Destas, 17 foram aplicadas na UBSF Eber Gomes, no bairro São João; três na UBSF Gottardo Firmino Netto, no Volta Grande; Três na UBSF Vereador Onício Zambotti, no Jardim Belvedere; Uma na UBSF Doutor Jader Boechat, no Retiro; Uma na UBSF Monte Castelo e a última, na UBSF do bairro São Lucas.
Resende foi o município da região que mais usou vacinas vencidas. No município das Agulhas Negras, 35 doses foram aplicadas, sendo 21 na USF do Jardim Primavera; Nove na USF do Surubi; Duas no Centro Municipal de Imunização; Uma no Centro da Saúde da Cidade Alegria; Uma no posto de saúde do Manejo, e uma na USF do bairro Morada da Barra.
Trinta doses vencidas foram entregues em Barra do Piraí, que aplicou todos estes imunizantes no posto de saúde Albert Sabin.
Em Angra dos Reis, na Costa Verde, 29 doses fora do prazo de validade foram recebidas. 23 delas foram usadas para em moradores atendidos no posto de Estratégia de Saúde da Família do bairro Marinas. As seis restantes foram aplicadas na Secretaria Municipal de Saúde.
Barra Mansa aplicou duas doses vencidas, ambas no Centro de Saúde José Oliveira, no Centro da Cidade. Piraí recebeu apenas uma dose, aplicada na unidade de saúde Casa Amarela. Assim como Piraí, Rio Claro recebeu uma dose, utilizada em um paciente no Departamento de Vigilância em Saúde.
Revacinar
De acordo com o Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra Covid-19, quem tomou a vacina vencida precisa se revacinar pelo menos 28 dias após ter recebido a dose fora do prazo. A maioria (70%) das doses aplicadas depois da validade é de um mesmo lote do Instituto Serum, identificado como “4120Z005”, vencido no dia 14 de abril.
Cada pessoa vacinada, recebe uma identificação do lote do imunizante recebido, fabricante da vacina e dose aplicada. A informação serve justamente para o controle do Ministério da Saúde em caso de falhas. O lote recebido pode ser conferido na carteira individual de vacinação. O Ministério ainda orienta que quem recebeu a vacina fora da validade, deve ir até uma unidade de saúde para orientações e acompanhamento