Segundo estudo feito com alunos da Universidade do Oregon, nos Estados Unidos, abrir uma janela pode reduzir a quantidade de coronavírus no ar pela metade. O levantamento foi publicado apenas em pré-print, ou seja, ainda não foi revisado pela comunidade científica.
Participaram da pesquisa 35 estudantes que testaram positivo para o coronavírus entre janeiro e maio de 2021, e foram isolados em quartos privados no campus da universidade por 10 dias.
Os cientistas usaram um dispositivo para coletar aerossóis que circulavam no ar e colheram amostras com swab de superfícies e dos narizes e bocas dos alunos várias vezes por dia. Foram feitos testes PCR com o conteúdo recolhido para determinar os níveis de presença do coronavírus.
Os resultados mostraram uma ligação clara entre a quantidade de vírus presente nos participantes e no ambiente — quando ela era mais baixa no paciente, também era mais baixa no local onde ele estava isolado.
Também foi calculada a ventilação mecânica em cada quarto, e os participantes precisavam responder a frequência na qual as janelas permaneciam abertas. A quantidade viral nos quartos foi, em média, duas vezes maior nos ambientes que ficavam fechados mais da metade do tempo.
“A ventilação é muito importante, e acho que estamos apenas começando a entender isso”, diz Leslie Dietz, uma das autoras da pesquisa, ao jornal The New York Times.
Os cientistas alertam que, apesar de a importância das janelas abertas ser clara, o estudo é limitado. Além de ter analisado apenas jovens e algumas das informações terem sido reportadas pelos participantes, não se mediu a capacidade do vírus presente no ar ser viável para infectar outras pessoas.
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