A pandemia trouxe um cenário de crise para o país e, com as restrições para evitar o aumento da contaminação, o desenvolvimento econômico em muitos municípios chegou a regredir, com grande número de demissões e fechamento de estabelecimentos comerciais. Algumas prefeituras, mesmo diante da crise, se mostraram sensibilizadas quanto à situação da população e tomaram medidas para aplacar a dificuldade financeira de seus munícipes. Uma delas foi a concessão de subsídios para o transporte público, barateando a passagem ao cidadão.
Em Araucária, no Paraná, o valor da tarifa em 2018 era de R$ 4,25. Hoje, os passageiros que precisam do transporte coletivo pagam R$ 1,95, após a quinta redução consecutiva. O objetivo do governo municipal é estimular a utilização do transporte coletivo local. A alteração no valor foi possível pela garantia de subsídio concedida há anos pela Prefeitura para custear o sistema de transporte coletivo. De R$ 46 milhões em 2016, a administração municipal passou, em 2020, para R$ 34,6 milhões investidos.
Além disso, todos os usuários do transporte coletivo local têm gratuidade de tarifa aos domingos. Estudantes de escolas públicas de Araucária até o ensino médio também contam com isenção de tarifa durante o turno de aula junto com os pais/responsáveis de estudantes de até 12 anos que levam as crianças para a aula. Há também gratuidade para pessoas em situação de vulnerabilidade social, entre outros.
“Para a Prefeitura, as melhorias no transporte público resultam em impacto positivo direto na qualidade de vida dos moradores e no desenvolvimento econômico e social. A redução da tarifa é um estímulo à utilização do transporte coletivo local, o que pode favorecer o comércio do município, por exemplo. Para os empresários, a redução da tarifa é um apoio importante já que reduz o custo com o transporte dos empregados. Para as famílias, é uma oportunidade de facilitar o acesso a atividades de interesse”, diz trecho do comunicado da prefeitura do município paranaense.
Outros municípios
Em Petrópolis, na região Serrana do Rio de Janeiro, por exemplo, desde 1º de agosto, a passagem teve redução de R$ 0,20, passando de R$ 4,40 para R$ 4,20. As mudanças ocorrem após pressão do governo municipal para garantir melhorias no sistema de transporte, já que uma decisão judicial determinou, no fim do ano passado, pagamento de subsídio às empresas, em decorrência de alegado desequilíbrio financeiro durante a pandemia e também do não pagamento de valores previstos em lei para subsidiar a gratuidade de estudantes.
Em julho, a prefeitura de Juiz de Fora, em Minas Gerais, também anunciou o subsídio do transporte coletivo para manter o preço da passagem de ônibus sem reajuste. Segundo o Poder Executivo da cidade mineira, foi firmado um acordo para evitar o aumento da tarifa e evitar demissões. Em abril, sem anunciar contrapartidas, a prefeitura de Campinas, no interior de São Paulo, divulgou o subsídio de R$ 72 milhões ao sistema de transporte público.
Em compensação em Volta Redonda, além de aumentar o valor da passagem, diminuiu-se o numero de transportes coletivos, com ônibus precários e muitos sem condições de rodar voce fica de 1 hora ou mais aguardando um ônibus que passe pela Rua 33, que vá para outros bairros mais distantes e etc. e quando chegam a passar já estão lotados nos finais de semana ainda é pior.