Quem vê o sorriso no rosto do pequeno Arthur Valente da Silva não imagina a luta que ele já enfrenta. Com 4 anos de idade, ele foi diagnosticado há dois meses com um câncer no abdômen e na medula que, segundo os exames apontaram, se trata de um tipo agressivo.
“Em dezembro de 2021, ele começou a ter dores intensas na barriga e os sintomas se estenderam até abril deste ano, dentre eles havia fortes dores no peito e na perna. Nesse meio tempo, fomos em diversos médicos e não tínhamos um diagnóstico claro. Até que em maio foram feitos exames de sangue e uma biópsia, sendo assim diagnosticado o câncer”, explica Maria Stela Petronilio, avó do garoto.

Segundo os médicos, Arthur está com neuroblastoma maligno grau 4, uma neoplasia comum na infância e adolescência, ficando atrás apenas da leucemia e dos tumores do sistema nervoso central (SNC). Ela tem origem em formas primitivas das células nervosas (geralmente encontradas no embrião ou no feto) do sistema nervoso simpático, que, por sua vez, é parte do sistema nervoso autônomo, que controla funções como respiração, pressão arterial, batimento cardíaco e digestão.

A maioria dos neuroblastomas se desenvolvem nas glândulas adrenais, como o caso do Arthur, que ficam em cima dos rins, no abdome ou nas células nervosas próximas da coluna espinhal, os chamados gânglios dorsais. “Infelizmente todos esses exames mostraram a existência de um tumor maligno, que além de estar no abdômen já alcançou a minha medula óssea”, lamenta Stela.

Moradora da cidade de Barra do Piraí, a família está promovendo uma vaquinha coletiva para arrecadação de valores que ajudem nas despesas do tratamento, realizado no Instituto Nacional do Câncer (Inca), no Rio de Janeiro. Até o momento, foram doados, de forma virtual, 10% do valor necessário, que é de R$ 30 mil.
“Ficamos com o Arthur na quarta e quinta (dias 29 e 30) no Rio, pois precisava fazer um exame. É muito cansativo para ele. Temos ajuda da Prefeitura com transporte, quando está disponível, e da ação entre amigos”, disse a avó.

Tratamento
Valente, como carrega no sobrenome, Arthur iniciou o tratamento no dia 2 de maio, mas o caminho foi longo até o diagnóstico correto da doença. “O pediatra nos explicou que esse câncer é típico da infância, que acontece um caso em sete mil nascimentos, e o Arthur foi esse um. Ele demora a se manifestar, não tem sintomas, só mesmo quando começa a dor abdominal e depois uma dor no peito. Os médicos falaram que era fezes, gases, uma infecção, depois que era uma cartilagem no peito”, relata.
“Ficamos de dezembro até abril deste ano para conseguir o diagnóstico, que foi possível após uma tomografia. Agora estamos em tratamento aguardando o retorno do oncologista para sabermos se está somente no abdômen. Até então, não sabemos, ele vai nos dizer se teve metástase no fígado, se atingiu outro órgão. Enquanto isso, ele está em tratamento quimioterápico”, explica a avó.

Recentemente, o menino precisou de doadores de sangue e a família recorreu aos amigos e às redes sociais para conseguir pessoas dispostas a ajudar. “Ele precisou tomar sangue porque semana passada teve uma celulite no olho esquerdo. Ficou internado e precisou tomar sangue, plaquetas, estava com imunidade baixa. Estamos correndo contra o tempo para ajudar o Arthur a recuperar a saúde, voltar a ser uma criança normal. Era para ele estar iniciando na escola e está em tratamento. Deus tem um propósito, tenho certeza”, afirmou Stela.

Para aqueles que puderem ajudar, o link da vaquinha online é o www.vakinha.com.br/vaquinha/todos-por-arthur-arthur-valente ou https://www.vakinha.com.br/2891656

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