No dia 18 de novembro, a nova diretoria do Sindicato dos Engenheiros de Volta Redonda (Senge-VR) tomou posse, marcando o início de um mandato que se estenderá até 2028. Pela primeira vez, o sindicato será liderado por uma mulher: Neide Aparecida dos Santos, engenheira civil, de produção e de segurança do trabalho, com uma trajetória de atuação desde 1987 no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio de Janeiro (Crea-RJ). “Quero fazer uma gestão inclusiva e participativa, dando continuidade ao trabalho desenvolvido pela antiga diretoria”, declarou a presidente.

Folha do Aço: Neide, você é a primeira mulher a ocupar a presidência do Sindicato dos Engenheiros de Volta Redonda. Qual é o significado disso para você e para a categoria?

Neide Aparecida dos Santos: É uma grande honra e também uma enorme responsabilidade. Ser a primeira mulher à frente do sindicato representa um marco para nossa categoria, que ainda enfrenta desafios na busca por equidade de gênero. Espero que minha gestão inspire outras engenheiras a participarem das lutas sindicais e a ocuparem espaços de liderança.

FA: Quais são os principais desafios que você acredita que enfrentará, especialmente nas negociações salariais com a CSN, a Prefeitura de Volta Redonda e outras empresas?

Neide: As negociações salariais sempre representam um desafio. Com a CSN, buscamos um equilíbrio entre os interesses da empresa e a valorização dos profissionais, que são essenciais para a indústria. Já com a Prefeitura, nosso objetivo é garantir condições dignas de trabalho e remuneração justa para os engenheiros no setor público. Além disso, vamos reforçar a fiscalização para assegurar o cumprimento da lei que estabelece o Salário Mínimo Profissional para engenheiros e engenheiras, uma das prioridades da nossa gestão.

FA: Você mencionou a questão do Salário Mínimo Profissional. Como o sindicato pretende garantir sua aplicação?

Neide: Pretendemos intensificar o diálogo com empresas e órgãos públicos, mas recorreremos às vias legais quando necessário. Também realizaremos campanhas de conscientização para mostrar a importância de valorizar os engenheiros e as engenheiras para o desenvolvimento das organizações. Além disso, disponibilizaremos suporte jurídico para os profissionais que enfrentarem dificuldades em receber o que é garantido por lei.

FA: E quanto às parcerias, especialmente com a Mútua? O que podemos esperar?

Neide: A parceria com a Mútua será essencial para ampliar os benefícios aos nossos associados. Planejamos oferecer cursos de especialização e capacitação para que os profissionais se mantenham atualizados e competitivos no mercado. Também estamos desenvolvendo programas voltados ao bem-estar financeiro e social, como linhas de crédito com condições especiais.

FA: Como você avalia o trabalho da gestão anterior, liderada pelo ex-presidente Fernando Jogaib?

Neide: O Fernando Jogaib desempenhou um papel exemplar em sua gestão. Ele enfrentou momentos desafiadores, como crises econômicas e negociações complexas com grandes empresas, mas sempre defendeu os interesses da categoria com firmeza. Pretendemos dar continuidade a esse legado, introduzindo inovações para fortalecer ainda mais o sindicato.

FA: Por fim, qual é a sua mensagem para os engenheiros e engenheiras de Volta Redonda?

Neide: Quero reforçar que esta gestão está comprometida com cada um de vocês. Nosso objetivo é ouvir, dialogar e trabalhar juntos para preservar empregos e criar novas oportunidades de trabalho. A união é essencial para conquistarmos nossos direitos e ampliarmos o reconhecimento da nossa profissão como indispensável para o desenvolvimento de Volta Redonda e do país. Contem comigo e com o sindicato para fortalecer nossa categoria!

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