Força-Tarefa do Governo do Estado realiza operação contra venda de gelo contaminado em praias do Rio

O Governo do Rio, por meio da Polícia Civil e do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), realizou na segunda-feira (dia 19) uma operação contra a venda de gelo contaminado nas praias da Barra da Tijuca e Recreio. Estão sendo fiscalizadas duas empresas – uma fábrica na Cidade de Deus e uma distribuidora na Barra da Tijuca. Segundo as investigações, as empresas dominam boa parte do abastecimento de gelo em quiosques e bares das localidades. O objetivo da ação é identificar possíveis crimes ambientais e contra o consumidor.

A ação também conta com o apoio da Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE), CEDAE e concessionárias, que estão verificando a regularidade do consumo de água e de energia elétrica nos endereços. A Cedae está com um laboratório móvel no local, com dois profissionais realizando análises de amostras de água.

“Estamos falando de um crime grave contra a saúde pública. O Governo do Estado está atuando com firmeza para coibir práticas ilegais que colocam em risco a população e desrespeitam o meio ambiente. Não vamos permitir que produtos contaminados circulem livremente, especialmente em locais de grande movimentação como as praias. Estamos dando uma resposta direta e contundente para proteger o consumidor”, declarou o governador Cláudio Castro.

Até o momento, a fábrica da Cidade de Deus foi interditada por uso de água contaminada e um dos responsáveis pelo local foi encaminhado para a delegacia.

Início das Investigações

A operação é um desdobramento da ação realizada em fevereiro, quando uma força-tarefa do Estado do Rio realizou uma blitz nos pontos de distribuição de gelo nos quiosques e bares da Barra da Tijuca e do Recreio dos Bandeirantes.

Com base na coleta de amostras do gelo vendido por cinco empresas nos bairros, o laudo da potabilidade da água realizado pelos técnicos da Cedae constatou que ao menos uma fábrica, localizada na Cidade de Deus, vendia gelo contaminado por coliformes fecais e outras substâncias nocivas à saúde.

“A presença de coliformes evidencia falhas graves no controle sanitário. Estamos desde o ano passado fiscalizando várias empresas, algumas clandestinas, que atuam na venda de gelo, mas sem qualquer cuidado com a saúde e o ambiente. Não têm credenciamento, atuam fora da lei. Seguimos trabalhando para evitar que a população seja enganada e consuma produtos fora dos padrões sanitários”, disse o secretário estadual de ambiente, Bernardo Rossi.

Imagem: Philippe Lima

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