O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ), juntamente com a 106ª DP – Itaipava, com o apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ), realiza nesta sexta-feira (dia 11) a operação “Lacto”, para cumprir 12 mandados de prisão preventiva e 19 de busca e apreensão em endereços ligados a integrantes de uma quadrilha especializada no roubo de caminhões na região serrana e na Baixada Fluminense. No total, 16 pessoas foram denunciadas. Até o momento, nove mandados de prisão foram cumpridos.
A investigação teve início a partir de um roubo ocorrido no dia 18 de março de 2020, na BR-040, no trevo de acesso a Itaipava. Na ocasião, o grupo rendeu o motorista que levava uma carga de leite avaliada em R$ 18 mil, roubando também o veículo, avaliado em R$ 80 mil. O desenrolar da investigação, conduzida pelo delegado titular da 106ª DP, João Valentim, mostrou que o grupo foi responsável, no período entre julho de 2019 e agosto deste ano, por ao menos 13 roubos à mão armada de caminhões e suas respectivas cargas na região, totalizando um prejuízo total de R$2.054.167,10 para os proprietários.
A organização criminosa tinha quatro estruturas próprias em seu funcionamento: um setor responsável por executar os roubos, outro responsável por fornecer os veículos para os atos criminosos, um responsável por dar destinação aos caminhões e, por último, um setor responsável pela guarda e destinação da carga roubada.
Integram o núcleo responsável pela prática dos roubos os irmãos Paulo Francisco Gomes e José Francisco Gomes, Waldemir Santos Moreira, Marcelo Roberto da Silva Rodrigues, Sandro Alex Muguet Cunha, Yago Barreto de Paula, Ozias Firmino do Nascimento Júnior, Alessandro Paula de Farias, Valmir Pereira, Max Douglas Ramos Rodrigues e Cleiton João da Silva. Já Patricia Teixeira dos Santos, companheira de Paulo, escolhia e administrava o galpão utilizado para guardar o fruto dos roubos. Foram expedidos mandados de prisão contra os 12 listados acima.
Já Adailton de Souza Fernandes e Gildásio Alves Andreza eram responsáveis por fornecer os veículos para a prática, enquanto Mauricio Luis Rodrigues tinha como função vender as peças dos caminhões e cargas roubadas. Embora tenham sido pedidos, os mandados destes três não foram expedidos. Também denunciado, por obstrução das investigações, João Guilherme Barbosa Soares não teve sua prisão preventiva solicitada.
Os mandados, expedidos pela 1ª Vara Criminal Especializada da Comarca da Capital, serão cumpridos na cadeia pública Paulo Roberto Rocha, em Gericinó, onde já encontram-se presos Ozias Firmino do Nascimento Junior e Yago Barreto de Paula, e em endereços da capital e dos municípios de Nova Iguaçu, Belford Roxo, Duque de Caxias, Magé e São João da Barra.