Em meio à possibilidade de mais uma onda de novas infecções e mortes em decorrência da Covid-19, o Brasil atingiu uma triste marca no último dia 19: mais de 500 mil vidas perdidas em decorrência do coronavírus. O número de infectados também cresce em uma escala alarmante. Com população estimada em pouco mais de 213 milhões de pessoas, destas, cerca de 18 milhões foram infectadas pela doença e suas variantes ao longo deste um ano e três meses de pandemia. Representa cerca de 8,5% de todos os habitantes do país.
O Estado do Rio de Janeiro também “contribui” para os tristes números vistos em terras tupiniquins afora. De março de 2020 até esta semana, o governo estadual confirmou 945 mil casos e 54.848 óbitos causados pela doença. Todo o território fluminense tem pouco mais de 17 milhões de habitantes.
Na região Sul Fluminense, principalmente em suas duas maiores cidades, os números da doença também seguem o panorama visto nacionalmente. Em Volta Redonda, cidade com 273.988 moradores, segundo dados do IBGE, 32.923 pessoas foram acometidas pela Covid-19, representando 12% de toda a população da cidade. Dos infectados, 1.030 perderam a vida para a doença, correspondendo a 0,37% do número total de habitantes. Conforme noticiado pela Folha do Aço em sua última edição, a Cidade do Aço foi o oitavo município em todo o Estado a superar a marca de 1.000 mortos em consequência do vírus.
Até o momento, a letalidade do vírus no município é de 3,1%. Isto é, cada pessoa infectada tem uma chance de 3,1% de vir a óbito pela doença. De acordo com os registros da secretaria estadual de Saúde, 30.865 pacientes estão recuperados em Volta Redonda.
Barra Mansa
Barra Mansa, com uma população estimada em 184.833 pessoas, 15.252 pessoas foram infectadas pelo vírus. O índice representa 8,2% de todos os habitantes do município do Sul do Estado. Com relação a letalidade, as estatísticas de Barra Mansa também são menores. A cidade tem 577 mortes pela infecção, representando 0,31% de todos os munícipes da cidade. Os recuperados chegaram, na noite da última quinta-feira (dia 24), a 14.556 pessoas.
Atendimento hospitalar
Com a falta do auxílio emergencial, a população teve que ir às ruas e trabalhar, causando, principalmente no começo deste ano, uma queda vertiginosa nos índices de isolamento social. Com isso, os gestores públicos tiveram que se desdobrar para garantir atendimento hospitalar aos acometidos pela doença.
Nas duas maiores cidades do Sul Fluminense não foi diferente. Em Barra Mansa, por exemplo, o prefeito Rodrigo Drable (DEM) apostou no aumento, de forma planejada, no número de leitos de UTI. O trabalho desenvolvido foi alinhado com a triagem de casos leves e moderados, realizado na UPA da Região Leste. Na Santa Casa, 10 novos leitos de terapia intensiva para pacientes com a Covid-19 foram inaugurados.
Volta Redonda, por sua vez, desde o início do quinto mandato do prefeito Neto (DEM), em 1º de janeiro, optou por rever os protocolos adotados pela gestão anterior. O resultado foi o aumento de 253% no número de óbitos registrados entre 31 de dezembro de 2020 e a última quinta-feira (dia 24). Neste período de cinco meses, 732 vidas foram perdidas por Covid-19. O número total de mortes registradas na Cidade do Aço até o momento é de 1.030.
O Palácio 17 de Julho apostou em uma estratégia de abrir novos leitos de UTI de forma desenfreada, artifício que, por si só, não garante que pacientes infectados venham a sobreviver. E para atender o setor de comércio, medidas de flexibilização foram tomadas.
Além disso, o Poder Executivo apostou na capacitação de guardas municipais para fiscalizar e orientar a população a respeito do uso correto das máscaras de proteção e da higienização das mãos. A chamada “Patrulha pela Vida” foi criada ainda em janeiro e, atualmente, o programa parece ter sido abandonado. Basta uma passada pela Vila Santa Cecília, um dos principais locais em que os servidores orientavam os munícipes, para perceber isso.
Vacinação
Já a vacinação, que, cabe ressaltar, depende do envio de doses por parte do governo federal, avança, apesar das dificuldades. Em Volta Redonda, que no começo da imunização adotou critérios confusos e descentralizados em diversos postos de saúde, finalmente começou a utilizar o drive-thru. A medida já vinha sendo utilizada com sucesso por Barra Mansa desde meados de fevereiro.
A Cidade do Aço já aplicou, até o fechamento desta edição, um total de 147.315 doses, sendo 109.157 de primeira e 38.158 de segunda. Esperando a chegada de novas remessas de imunizantes, Volta Redonda parou a aplicação de primeiras doses em pessoas de 54 anos ou mais.
Em Barra Mansa, as faixas etárias que receberam o imunizante vêm avançando, por conta da organização e do menor número de habitantes em comparação a Cidade do Aço. Apostando no drive-thru, localizado no Parque da Cidade, desde o princípio, o município conseguiu estabelecer uma imunização organizada, apesar da escassez de imunizantes. Por enquanto, o vacinômetro barramansense indica que 62.125 pessoas receberam a primeira dose e 24.620 completaram o ciclo de imunização, correspondendo a um total de 86.745 doses aplicadas.