A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quinta (dia 26), a operação Falso Positivo, que visa apurar esquema criminoso de estudantes de medicina, que falsificavam documentos com fins de serem beneficiados com bolsas integrais de estudos em uma faculdade localizada em Campos dos Goytacazes, norte do estado do Rio de Janeiro.

Na ação de hoje, cerca de 70 (setenta) policiais federais cumprem 16 (dezesseis) mandados de busca e apreensão, expedidos pela 2ª Vara Federal de Campos, nas cidades de Campos/RJ, Linhares/ES, Itaperuna/RJ, Cachoeiro do Itapemirim/ES, Mimoso do Sul/ES e São Francisco do Itabapoana/RJ. Os policiais buscam colher elementos de prova, assim como bens passíveis de arresto de investigados que falsificaram documentos e prestaram declarações falsas para se passarem por pessoas de baixa renda.

Ao longo da investigação, 12 (doze) pessoas já foram indiciadas, entre alunos e pais. Dentre outras provas, foi identificado, mediante quebra de sigilo bancário, que os investigados movimentaram valores exorbitantes, incompatíveis com pessoa que se disse desprovida de recursos.

Identificou-se, ainda, que uma das formas dos alunos se passarem por pessoa de baixa renda, eram suas inscrições no CadÚnico do Governo Federal. Com isso, além de receberem fraudulentamente as bolsas de estudos, os alunos — e, em alguns casos, os próprios pais — receberam Auxílio Emergencial, derivado das ações de enfrentamento aos efeitos da pandemia de Covid-19.

Os investigados responderão pelos crimes de estelionato, falsidade ideológica e associação criminosa, sem prejuízo de eventuais outros crimes que podem surgir no decorrer das investigações.

O nome da operação, “Falso Positivo”, é em alusão ao termo em medicina, que significa o exame físico ou complementar em que o resultado indica a presença de uma doença, quando na realidade ela não existe.

Foto: PF

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