O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ), e a Polícia Civil, por meio da 61ª e 105.ª Delegacias de Polícia, realizam nesta quarta-feira (dia 3) a operação Resina, para cumprir sete mandados de prisão preventiva contra integrantes de uma organização criminosa especializada em furto qualificado de cargas de caminhões.

Os agentes cumprem mandado de busca e apreensão em endereços ligados aos empresários, proprietários de caminhões, motoristas e intermediários na capital, em Duque de Caxias, Piraí, Mesquita e Nova Iguaçu, além das cidades paulistas de Piracicaba, Ribeirão Pires, Guarulhos e São Paulo; e mandados de busca e apreensão de 12 caminhões utilizados pela organização criminosa para os furtos das cargas. Em um dos endereços em SP, agentes apreenderam R$ 15 mil em espécie e R$ 300 mil em cheques.

De acordo com as investigações, os criminosos furtavam caminhões com materiais como aço, ferro e resina e, após o furto, se organizavam para distribuir a carga, por meio de receptação qualificada e corrupção ativa e passiva. No total, mais de R$ 1.160.000,00 em materiais como aço, resina, telas de aço e tubos de dragagem de ferro foram furtados pelos criminosos. A operação conta com o apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ).

Na denúncia encaminhada à 1ª Vara Criminal de Duque de Caxias, o GAECO/MPRJ destaca que os integrantes do grupo criminoso, composto por 21 pessoas denunciadas, associavam-se a funcionários de transportadoras, em geral motoristas de caminhões. Eles gozavam da confiança de seus empregadores, recebiam as mercadorias a serem transportadas e, uma vez de posse de tais bens, entregavam a carga aos demais integrantes do grupo.

Após os furtos, eram confeccionados falsos registros de ocorrência em delegacias distantes do local do suposto roubo e, para a confecção de alguns desses falsos registros, houve a participação de dois policiais civis do Estado de São Paulo, que tiveram seu afastamento determinado pela Justiça. Os dois foram denunciados por corrupção passiva.

Do total de 21 denunciados, sete tiveram a prisão preventiva decretada, sendo quatro empresários, que agiam como intermediários e, por vezes, receptadores, pois disponibilizavam local para o armazenamento das cargas furtadas até o seu destino, seja repassando para um receptador final, seja vendendo para um comerciante de boa-fé. Outros três alvos dos mandados de prisão eram proprietários de caminhões, que utilizavam os veículos para subtrair as cargas. Eles também eram responsáveis pelo recrutamento de motoristas para o esquema criminoso e pelo contato com os intermediários dos receptadores.

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