A AMD Brasil, associação de proteção veicular sediada em Volta Redonda, será investigada pela suposta prática de fraude contra um ex-colaborador. Luiz Otávio da Silva, conhecido como Tavinho, especialista do segmento no Sul Fluminense, teve uma linha telefônica de sua propriedade transferida ilegalmente para a titularidade da empresa.
A razão do interesse da AMD Brasil no número de telefone é o valor comercial que ele tem, por se tratar de um meio de captação de novos associados. Tavinho, dono da linha, trabalhou por quatro anos na associação e foi um dos grandes responsáveis pelo desenvolvimento do negócio. Tanto que, além de gerenciar equipes, era ele quem concedia entrevistas nos meios de comunicação para falar sobre os serviços oferecidos. Mas, devido a divergências profissionais, desligou-se da empresa há aproximadamente seis meses.
Ao perceber que seu contato profissional estava inoperante, Tavinho procurou a operadora para formalizar uma reclamação, quando foi informado que a linha não mais lhe pertencia. Buscando entender o que aconteceu, Tavinho solicitou o histórico da operação e descobriu que seus documentos foram utilizados indevidamente para que a transferência da titularidade fosse procedida. Inclusive constatou que seu e-mail de contato junto à operadora foi substituído descaradamente pelo e-mail pessoal do atual gestor comercial da AMD Brasil.
Constatada a fraude, a vítima procurou a 93ª delegacia de polícia civil, sediada em Volta Redonda, para comunicar o crime de falsidade ideológica. Também requereu à operadora a devolução do número de telefone que lhe pertencia. Se condenados, os responsáveis podem ser punidos com penas que variam entre um e três anos de reclusão.
Tavinho foi procurado pelo jornal disse estar estarrecido com o acontecido. “É assustador saber que alguém, de uma empresa onde trabalhei, está se passando por mim para tentar se apropriar daquilo que me pertence. Sabe-se lá o que mais podem ter feito usando meus documentos. Com meus dados desprotegidos, registrei a ocorrência policial e estou tomando as demais medidas cabíveis para que haja a devida apuração e responsabilização dos envolvidos”, declarou a vítima.
A reportagem da Folha do Aço tentou ouvir o acusado, porém ele não respondeu às tentativas de contato.