O ex-professor do curso de direito do UniFoa Vitor Marcelo Aranha Afonso Rodrigues foi indicado pelo presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido) como novo membro do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ), na classe de jurista. O decreto com a nomeação foi publicado na edição do Diário Oficial da União de terça-feira (dia 1º). Ele cumprirá um mandato de dois anos na Corte Eleitoral fluminense.Filho de uma professora, que o alfabetizou e cuidou de sua educação, como faz questão de frisar, e de pai advogado, Vitor Marcelo é natural de São Gonçalo, no Grande Rio, mas mantém vínculos com Volta Redonda. Afinal, foi na Cidade do Aço que ele conheceu a esposa Helem Francisquini.

Em entrevista exclusiva à Folha do Aço, o novo juiz do TRE-RJ fala de sua trajetória profissional, a relação com Volta Redonda e os desafios das eleições municipais deste ano.

Folha do Aço: Fale um pouco da sua trajetória desde o início na vida jurídica, até a indicação para ocupar o cargo de membro do TRE-RJ?

r. Vitor Marcelo – Eu me formei em direito pela UFF em 1995. Imediatamente comecei a advogar no escritório do professor Ayrton Paiva, especializado em Direito Internacional e em 1996 me tornei professor na Faculdade Nacional de Direito da UFRJ e na Universidade Salgado de Oliveira. No ano seguinte, me tornei professor da Escola Superior de Advocacia (ESA) da OAB-RJ. Na OAB-RJ fui conselheiro, coordenador da ESA, presidente do Fundo de Pensão dos Advogados e Fundador da Cooperativa de Crédito dos Advogados, membro das bancas examinadoras para Tabelião, Ministério Público, Delegado de Polícia e do Exame de Ordem. Fui também membro do Instituto dos Advogados Brasileiros e da Academia Maçônica de Niterói. Recebi o título de Doutor Honoris Causa da Escola Superior de Advocacia, título também concedido aos ministros do STF Luiz Fux e Dias Toffoli, e os Ministros do STJ Waldemar Zveiter e Luis Felipe Salomão e do juiz federal William Douglas. Integrei ainda o Conselho Editorial da revista Magister, da Editora Impetus e da revista da OAB-RJ.

Qual a sua relação com Volta Redonda? Tem o costume de visitar a cidade?

Em 2000 eu integrei a equipe responsável pela criação e estruturação do Curso de Direito do UniFoa, onde lecionei até 2009. Nesse período criei laços de amizade em Volta Redonda que são mantidas até hoje. Aliás, foi na FOA que conheci a minha esposa Helem Rose Francisquini, então estudante de direito e hoje minha sócia no escritório de advocacia.

Agora como juiz do TRE-RJ, o que o senhor espera das eleições municipais de 2020, em um ano atípico? Acredita em mudança no comportamento dos candidatos e eleitores na forma de fazer e participar das campanhas eleitorais?

Essa eleição será histórica. O desafio é realizá-la em plena pandemia. As convenções dos partidos serão virtuais e a campanha eleitoral pelas redes sociais. O controle da fake news e a fiscalização das campanhas serão outros desafios, mas a Justiça Eleitoral se estruturou para isso.

Como observa o cenário atual da política nacional?Em nível nacional, o maior desafio é gerar empregos e reaquecer a economia no pós-coronavírus.

Qual o entendimento do senhor sobre a liberação de candidaturas de políticos que tiveram contas rejeitadas, por exemplo, pelo plenário das Câmaras municipais?Não posso antecipar o meu posicionamento sobre temas que certamente julgaremos no TRE.

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