O Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Rio de Janeiro, realiza na manhã desta sexta-feira (dia 18) a operação “Bote Sujo”, para cumprir mandados de prisão contra três policiais militares. O trio foi denunciado pelos crimes de associação criminosa voltada para a apreensão ilegal e comércio ilegal de armas de fogo no município de Barra Mansa.
Os mandados foram expedidos pelo Juízo da Auditoria Militar do Estado do Rio de Janeiro. Investigações demonstraram que os policiais militares Janitom Celso Rosa Amorim, conhecido como Celsinho; Luciano Julio de Souza, o Batata, ambos lotados no 37º BPM (Resende); e Renan Braga da Silva, lotado no 28º BPM (Volta Redonda), no exercício de suas funções, se juntaram para realizar “botes” em criminosos e apreender ilegalmente armas.
De acordo com o MP, o material apreendido não era apresentado na delegacia e, posteriormente, os acusados comercializavam essas armas e munições com diversas pessoas, muitas delas sem porte de arma e com passagens policiais.
Também ficou comprovado para a promotoria que o grupo chegava a realizar furtos de outras armas, valendo-se, inclusive, de ferramentas para o rompimento de obstáculos, como portões e cercas. Dois PMs foram presos e levados para a Delegacia Judiciária da PM em Volta Redonda. Celsinho já encontrava-se preso. Ele é acusado de matar a namorada, a dentista Mayara Pereira de Oliveira Fernandes, de 31 anos, após fazê-la refém por duas horas e meia no estacionamento do campus do Centro Universitário de Valença.
Ainda de acordo com a denúncia, “a investigação também comprovou que o policial militar e ora denunciado Julio de Souza, vulgo Batata, é um dos grandes responsáveis pela venda ilegal de armas e munições na Região Sul Fluminense, valendo-se do seu registro de CAC (Colecionador, Atirador e Caçador) para cometer tal delito”.
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