Um ano e cinco meses após ser protocolado o pedido de recuperação judicial, a Justiça do Rio de Janeiro homologou o plano de recuperação judicial da Viação Cidade do Aço. Com sede em Barra Mansa, a empresa soma dívidas de R$ 31 milhões. A sentença foi divulgada na quarta-feira (dia 20) pelo site do jornal O Globo.
A homologação do Plano de Recuperação Judicial permitirá que a Viação Cidade do Aço promova a reestruturação da dívida e a equalização do passivo, explicou a advogada Fabiana Marques, sócia do Moraes & Savaget Advogados, que atua no caso. A empresa deu entrada no pedido de recuperação judicial em 1º de julho de 2021. O motivo foi a grave crise vivida pelo setor, acentuada pela pandemia da Covid-19.
A Cidade do Aço foi a primeira empresa de Barra Mansa a entrar com pedido de recuperação judicial em 2021 e seguiu o mesmo movimento de uma dezena de transportadoras da capital fluminense – onde, além da pandemia, as empresas foram afetadas por problemas estruturais do modelo de remuneração adotado pela prefeitura do Rio. Na capital fluminense, porém, após uma negociação com o Poder Executivo Municipal, quando o modelo de remuneração passou a incluir a quilometragem rodada, as empresas e seus consórcios acabaram desistindo da recuperação.
História
Com linhas urbanas e rodoviárias ligando o Sul Fluminense à cidade do Rio e aos estados de Minas e São Paulo, a Cidade do Aço sofre com os efeitos da pandemia e a redução do volume de passageiros transportados. O número, que chegou a 600 mil usuários em 2019, caiu à praticamente metade em 2020 e ainda não recuperou o patamar pré-pandemia.
Em julho passado, a empresa completou 71 anos. Fundado por Geraldo Osório Rodrigues, o grupo foi adquirido em 1972 pelos irmãos Curvello (Ariel, Abelmar e Aldemir).
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