Os metalúrgicos da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) aprovaram na sexta-feira (dia 31), a pauta de reivindicações do Acordo Coletivo de Trabalho 2023/24 dos trabalhadores apresentada pelo Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense. A assembleia aconteceu Praça Juarez Antunes.

Este ano, a pauta foi unificada com os Sindicatos dos Engenheiros e Vigilantes de Volta Redonda, Metabase de Congonhas-MG e dos Portuários do Rio de Janeiro.

Nos próximos dias, os sindicatos vão protocolar o documento na CSN, em São Paulo, onde fica concentrada a diretoria da empresa. “Homens e mulheres de aço precisamos de união neste momento, não será uma luta fácil, mas com o seu apoio vamos vencer. A empresa tem que fazer valer os nossos direitos, de quem realmente faz acontecer e gera o lucro para eles. Chega de exploração. Precisamos ser valorizados e reconhecidos. Estamos num momento que pode ser favorável ao nosso acordo, mas pra isso precisamos contar com a união e o apoio de todos. Agora, vamos pra luta com respeito e a força do chão de fábrica. Ôôô peão voltou”, destacou Edimar Miguel, presidente do SindMetal.

Entre os itens estão o reajuste salarial calculado pelo INPC pleno, referente ao período anual, e mais o ganho real, com a recomposição das perdas dos últimos seis anos, somando o total de 20 a 22%, cartão alimentação no valor de R$ 1 mil, com direito a todos os trabalhadores ativos, assim como aos afastados por auxílio doença, auxílio doença acidentário, doença ocupacional e/ou profissional e as trabalhadoras que estejam em licença maternidade, auxílio creche de R$ 976. Além de uma bonificação de PLR de 10% do lucro operacional (EBITDA) igual para todos os trabalhadores ativos e demitidos no exercício de 2022, fim do banco de horas, com o pagamento de todas as horas extras, trabalhadas no período de apuração ao mês correspondente, acrescidos dos adicionais, horas extras adicional de 100% para as horas extras trabalhadas de segunda a sábado; adicional de 200% para as horas extras aos domingos e feriados.

Os sindicalistas também querem a volta do turno de 6 horas, que a empresa se comprometa a não exigir do trabalhador, carga superior a duas horas extras diárias, piso salarial de dois salários mínimos e o fim do desvio de função.

Outro ponto que as entidades querem ver na mesa de negociação é a volta do plano de saúde com cobertura nacional, como em todas as unidades da CSN, exceto Volta Redonda e Porto Real, garantindo também a isonomia aos trabalhadores que foram admitidos após da publicação do Edital de Privatização, a partir de outubro de 1992, e o direito de permanecer no plano de saúde após a aposentadoria, entre outros itens.

Também consta da pauta deste ano, a reintegração dos demitidos e o fim da prática antisindical da empresa que, segundo os sindicalistas, está impedindo a liberação dos atuais diretores sindicais.

Foto: divulgação

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