A arrastada obra de revitalização da Rua 33, na Vila Santa Cecília, tem sido marcada por uma série de transtornos e prejuízos aos cofres públicos, que, ao que parece, estão longe de chegar ao fim. Nos últimos meses, a situação tomou novos contornos com o aumento da pressão de comerciantes e proprietários de empresas que ainda se mantém com as portas abertas.

Na tentativa de dar uma maquiada para as festas de final de ano, a Prefeitura assinou um contrato com a empresa Luquip Terraplenagem visando a realização de uma obra de tratamento superficial asfáltico. O trecho que receberá a intervenção abrange a extensão entre as ruas 16 e 60. O valor do contrato para essa fase específica da revitalização é de R$ 270 mil.

A homologação do acordo, publicada na quinta-feira (dia 23), levanta ainda mais questionamentos sobre a gestão do projeto e sua execução, uma vez que moradores e comerciantes da Vila Santa Cecília já enfrentaram diversos transtornos ao longo desses últimos dois anos. Desde o início da revitalização, moradores e comerciantes têm reclamado de impactos significativos, como dificuldades no acesso às residências e estabelecimentos, além de prejuízos financeiros decorrentes da diminuição do fluxo de clientes.

O novo investimento desperta preocupações quanto à transparência na aplicação dos recursos públicos e a eficácia das medidas adotadas para minimizar os impactos negativos sobre a comunidade. O custo atual já supera a ordem dos R$ 20 milhões.

            A prefeitura de Volta Redonda, ao se pronunciar sobre a continuidade das obras, costuma destacar a importância da revitalização para a melhoria da infraestrutura local. Diante do cenário atual, os moradores e comerciantes da Vila Santa Cecília aguardam ansiosos por melhorias concretas que justifiquem os transtornos enfrentados até agora e que, finalmente, a revitalização da Rua 33 se traduza em benefícios duradouros.

A história se repete

Na prática, a colocação de um asfalto provisório na Rua 33 será parecida com o que aconteceu no final do ano passado, quando uma espécie de “cala boca” foi dado pela Prefeitura. Em 2022, uma camada fina de cimento foi aplicada em todo o calçamento, em substituição às pedras portuguesas e os mosaicos, removidos na primeira fase da revitalização da via.

As primeiras intervenções do projeto de revitalização da Rua 33 começaram em setembro de 2021, no quarteirão entre as ruas 60 e 58, do lado direito da via, no sentido da fonte luminosa para ETPC. Meses depois, no entanto, a empreiteira responsável encerrou o contrato, por divergência nos valores. Cenário previsível, em se tratando do governo Neto.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.