Após o resultado das eleições municipais de 6 de outubro, em que sete vereadores de Volta Redonda não conseguiram a reeleição, o prefeito Neto (PP) tem tomado medidas para garantir a permanência de seus aliados políticos na administração pública. Em um movimento estratégico, com foco nas próximas eleições, Neto anunciou a inclusão de alguns desses ex-parlamentares em cargos de destaque em sua equipe de governo. A decisão foi anunciada na Rádio Cidade do Aço e confirmada em entrevistas a outras emissoras locais ao longo da semana, gerando reações na cidade.

Entre os ex-vereadores já convidados para integrar a administração estão Paulinho AP (AGIR), que obteve 1.231 votos, e Fábio Buchecha (DC), com 2.793 votos. Paulinho AP será nomeado para comandar a futura secretaria municipal de Defesa e Proteção dos Animais, que ficará responsável pela gestão do futuro Hospital Veterinário, no bairro Rústico, cuja inauguração está prevista para os próximos meses. Já Fábio Buchecha ainda aguarda a definição de qual secretaria assumirá, mas Neto assegurou que será um cargo estratégico.

Outro nome que retorna ao governo é o Pastor Washington Uchôa (MDB), que obteve 845 votos e reassumiu a secretaria municipal da Pessoa com Deficiência. Além disso, Ednilson Vampirinho (MDB), com 1.399 votos, foi convidado a assumir a Subprefeitura dos bairros Santo Agostinho e Volta Grande.

Neto também elogiou Lela (PSD), outro vereador derrotado, destacando sua atuação na campanha e expressando o desejo de incluí-lo na administração, embora o cargo ainda não tenha sido definido.

Reações

A nomeação de ex-vereadores para cargos na administração municipal gerou discussões nas redes sociais e nos bastidores da política local. Para alguns, essa movimentação é vista como uma forma de acomodar aliados políticos que não obtiveram sucesso nas urnas.

“Se não se elegeu, não deve ter cargo nenhum”, criticou um internauta. Outros apontaram que essa estratégia visa fortalecer a base política do prefeito e preparar o terreno para a candidatura de seu irmão, Munir Neto (PSD), à reeleição como deputado estadual em 2026.

Neto defendeu a decisão, afirmando que essa integração mantém a representatividade de grupos eleitorais que apoiaram esses candidatos. Ele também argumentou que a presença dos ex-vereadores em seu governo trará eficiência à gestão pública, apesar das críticas de que a máquina pública está sobrecarregada e enfrenta desafios financeiros.

Nos próximos dias, novas negociações devem ocorrer para acomodar outros aliados que também não conseguiram a reeleição. Mesmo com as controvérsias, Neto segue determinado a manter sua base política sólida, consolidando um governo com menos oposição e maior influência entre os grupos políticos locais.

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