Na quarta-feira (dia 4), a Secretaria de Estado de Polícia Militar do Rio de Janeiro ultrapassou a marca de 600 fuzis apreendidos em 2024, atingindo 603 armamentos retirados das mãos de criminosos. O número já supera o recorde anterior de 505 apreensões registrado em 2019 e também ultrapassa as 492 apreensões de 2023.
Segundo o governador Cláudio Castro (PL), o dado reflete a gravidade do cenário enfrentado pelas forças de segurança. “O Rio não produz fuzis. Vamos continuar cobrando do governo federal uma atuação mais rigorosa em nossas divisas e fronteiras para impedir a entrada dessas armas”, afirmou. Castro também destacou o incentivo financeiro aos agentes: R$ 2,5 milhões em bônus já foram pagos aos policiais envolvidos nas apreensões.
Foco em áreas críticas
Mais de 90% dos fuzis apreendidos são de fabricação estrangeira, entrando no Brasil desmontados e sendo montados por armeiros ligados ao crime organizado. As apreensões se concentram em áreas dominadas por disputas territoriais, como o Complexo do Chapadão, Vila Kennedy, Jacarepaguá e Campinho.
O 41º BPM (Irajá) lidera o ranking com 99 apreensões, seguido pelo BOPE, que contabiliza 61. Entre janeiro e agosto deste ano, a média foi de dois fuzis retirados das ruas por dia, com agosto registrando 78 apreensões.
Desafios e ações estratégicas
O secretário de Polícia Militar, coronel Marcelo de Menezes Nogueira, reafirmou o compromisso da corporação em combater o tráfico internacional de armas, que segue como um dos maiores desafios da segurança pública no estado. “Seguiremos trabalhando para desarticular as quadrilhas e garantir a segurança da população”, declarou.
Até agora, 642 armas longas foram recolhidas pelas forças de segurança em 2024, um aumento de 22% em relação ao mesmo período do ano anterior, consolidando a atuação da Polícia Militar como peça central no enfrentamento ao crime organizado no Rio de Janeiro.