Uma mulher foi presa em flagrante na quinta-feira (dia 23), em Volta Redonda, acusada de extorsão mediante a restrição da liberdade de um dentista, de 54 anos. O crime aconteceu na casa da vítima, no bairro Laranjal, e envolveu uma série de ameaças e manipulações para extorquir uma grande quantia de dinheiro.

Segundo informações da Polícia Civil, a vítima estava sendo mantida em cárcere privado pela autora há cerca de dois meses. A mulher se apresentou a ele como membro do Ministério Público e alegou ser mãe de um delegado da Polícia Federal. Ela contou que, durante uma investigação fictícia, teria encontrado 40 quilos de cocaína na casa de praia da vítima, localizada em Paraty, e ameaçou que a mãe da vítima seria presa, caso não pagasse uma “taxa” de R$ 500 mil para cobrir os custos de advogados.

A ameaça foi mais longe: A mulher destruiu o celular da vítima para evitar que ele fosse rastreado e o convenceu a não entrar em contato com a família, sob a alegação de que isso poderia prejudicar os parentes. Diante da pressão psicológica e da alegada “dívida” com os advogados, a vítima foi coagida a vender sua casa de praia, avaliada em R$ 300 mil, por apenas R$ 120 mil. Todo o valor foi depositado na conta da suspeita.

O desaparecimento do dentista gerou preocupação entre seus familiares, que notaram a ausência do profissional e seu afastamento do consultório. Preocupados, os familiares procuraram a Polícia Civil, que iniciou as investigações. Após tomar conhecimento do caso, policiais da 93ª DP (Volta Redonda), sob coordenação do delegado titular Dr. Vinícius Coutinho e do delegado adjunto José Neto, realizaram diligências e descobriram que a autora estava em fuga.

Em uma ação rápida, a polícia conseguiu localizá-la em um táxi, no bairro Santa Cruz. Ela foi abordada e conduzida à 93ª DP, onde permanece presa à disposição da Justiça. A mulher agora responderá por extorsão, conforme o artigo 158, § 3º, do Código Penal, que trata de extorsão mediante a restrição da liberdade da vítima. A polícia segue investigando o caso e avalia a possibilidade de envolvimento de outras pessoas na prática criminosa.

Foto: Divulgação

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